UNITA apresenta manifesto eleitoral e promete Governo “de competentes e não de partidários”
A UNITA apresentou este sábado o seu manifesto eleitoral em Benguela, com o líder do maior partido da oposição a apelar ao voto na alternância, prometendo “um governo de competentes, e não de partidários, para servir Angola”.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) apresentou o manifesto na presença do número 1 da lista e candidato a Presidente da República, Adalberto da Costa Júnior, e do número 2 e candidato a vice-presidente, o coordenador do projecto político PRA JÁ Servir Angola, Abel Chivukuvuku, no dia que marca o início da campanha.
O popular cantor angolano Bonga é o intérprete da música oficial da campanha, que foi também apresentada e que “já viralizou”, segundo o director da campanha e dirigente do partido do “Galo Negro”, Paulo Lukamba Gato.
Antes da apresentação do manifesto, Adalberto da Costa Júnior voltou a insistir na “visão plural” que o partido, apoiado por uma “ampla frente patriótica para a alternância” tem para Angola, prometendo “um diálogo entre diferentes, para além dos muros partidários”.
“O nosso projecto é a construção tão adiada de Angola, um país que não é sequer capaz de dar cidadania aos seus filhos”, salientou o presidente da UNITA, mostrando-se confiante nas “demonstrações diárias de apoio” e no lema escolhido para a campanha, “A hora é agora”.
“Não são títulos de jornais encomendados e sondagens que pretendem enganar os angolanos”, disse o líder da UNITA, que foi recebido com um banho de multidão na véspera em Benguela, segunda maior cidade do país, criticando os meios de comunicação social públicos.
Adalberto da Costa Júnior promete “um Governo de competentes e não de partidários para servir Angola”, para resgatar o que foi posto em causa durante os cinco anos de governação de João Lourenço, Presidente de Angola e do MPLA o partido que governa Angola há 38 anos e seu principal adversário.
“Os partidos não são mais importantes do que o país, é Angola que conta”, disse o dirigente da UNITA, assumindo compromissos como a reforma do Estado e da administração partidária e a concretização do poder local no prazo de um ano.
O manifesto foi apresentado pelo primeiro-ministro do governo sombra, João Vahekeni, e compõe-se de uma parte elencando os desafios prioritários e outra em que são definidos os eixos estratégicos da governação.
Lusa
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