NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO

UTIP aprova contratos de mais de 21 mil milhões USD

INVESTIMENTO PRIVADO. Sector produtivo é o que mais recebe propostas de investimento. Agricultura, indústria, turismo, logística e transportes estão entre as áreas que mais se destacam.

 

 

A Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) aprovou, até ao primeiro semestre deste ano, 42 projectos, cujos contratos rondam os mais de 21 mil milhões de dólares, informou, em Luanda, o director da instituição. Norberto Garcia explicou que os projectos aprovados “não são contratos de compra e venda”, esclarecendo que as várias fases de implementação deverão consumir entre 34 e 36 meses, de acordo com a dimensão de cada projecto. O sector produtivo é o que mais recebeu propostas de investimento, com destaque para as áreas da agricultura, indústria, turismo, logística e transportes.

O sector da energia, segundo a UTIP, também “tem merecido atenção”. A empresa Tidiane Trading é a promotora do último projecto aprovado e que já se encontra em implementação, com um orçamento de 10 milhões de dólares.

Em comparação ao período homólogo, a UTIP avança que não houve qualquer variação em número de projectos, uma vez que, nos primeiros seis meses de 2016, a instituição também havia aprovado 42 projectos. Para os próximos meses, prevê-se, no entanto, algum crescimento. “Todos os dias, a UTIP recebe propostas de investimento privado e temos reuniões alargadas sobre investimento privado, no país, o que faz crer que as intenções para se investir em Angola não decaíram com a crise”, enfatizou Garcia.

O director da UTIP defendeu uma melhoria da tabela de incentivos e benefícios fiscais, de modo a que o país possa atrair mais investimento privado e facilitar o investidor, tendo considerado, entretanto, que “o país está no caminho certo”, no sentido de obter “mais reputação nacional e internacional para as instituições de investimento privado”.

Criada em Setembro de 2015, depois de extinta a Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), a UTIP é o órgão competente para a recepção e análise das propostas de investimento privado de montante superior ao contravalor em kwanzas equivalente a 10 milhões de dólares.