Na apresentação do SEP

Vera Daves ameaça gestores das empresas públicas por causa de incumprimentos

As empresas públicas registaram, o ano passado, alguma “melhoria nos prazos” de prestação de contas, mas continuam a ter alguns “constrangimentos” como atraso na submissão dos documentos, documentação incompleta e inconsistência na informação, revelou a ministra das Finanças, na apresentação do relatório agregado do Sector Empresarial Público (SEP).

Vera Daves ameaça gestores das empresas públicas por causa de incumprimentos

De acordo com Vera Daves, isso continua a dar “origem a atrasos” na elaboração do relatório final do SEP e cria dificuldades na emissão de opiniões conclusivas. “Como é nosso compromisso minimizar tais constrangimentos orientamos as nossas equipas, em particular o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), a desenvolverem estratégias e ferramentas objectivas para responsabilizar e nalguns casos penalizar os gestores incumpridores”.   
  
O Estado encaixou 6,5 mil milhões de kwanzas em dividendos do sector empresarial público, o ano passado, mas desembolsou 207,5 mil milhões de kwanzas. Apesar de o valor de dividendos ser inferior ao valor desembolsado pelo Estado, houve um aumento significativo em relação a 2022.  
  
A ministra sublinhou que os valores encaixados e desembolsados pelo Estado devem continuar a reter a atenção de todos “dados os custos de oportunidade envolvidos".  
  
Segundo Vera Daves, estes dados exigem a “continuidade de esforços” para tornar as empresas autónomas financeiramente, por meio das suas próprias operações, para desse modo desonerar o Estado dos encargos que representam.  
"As empresas devem ter bem presente, sempre, os pressupostos de eficiência como o objectivo primário de sustentabilidade das suas operações".