Visto CPLP, a forma mais fácil dos jovens angolanos
EMIGRAÇÃO. Uns vieram para procurar emprego melhor, outros para fugir da insegurança e da inflação “galopante”, muitos porque Angola “está cada dia pior e sem futuro”. São jovens e têm em comum o facto de terem escolhido Portugal para “começar de novo”, com a facilidade que o visto de procura de trabalho e de residência dá. Para trás, deixaram a terra que os viu nascer, a família e “muitos sonhos”. Para o futuro tudo o querem é “viver uma vida com dignidade”.
Miguel Zangui, 42 anos, trabalhava como agente da polícia aduaneira e decidiu deixar o país por “perceber que Angola não melhorava” e que só o deixava deprimido e doente todos os anos, apesar de ter um salário “razoável” e muitas ‘mixas’, como ele próprio refere. “Estava num país em que as condições não iam ajudar a melhorar a minha vida. Se calhar, estava a ponto de perder a vida. Era depressão e doenças. E, volta e meia, estava doente e corria para os hospitais, mas eles não encontravam respostas. Depois disso comecei a construir a ideia de vir morar para o estrangeiro”, relata.
Apesar de sempre pensar que Angola não lhe conseguia dar condições de vida que desejava, a ideia de emigrar foi aprimorada depois das últimas eleições. Prometeu, para ele mesmo, que, se o partido MPLA vencesse, deixaria o país. O MPLA venceu e Miguel Zangui deixou mesmo o país como prometera. “As políticas do MPLA são degradantes para o país. Quem acompanha a política e é angolano sabe disso”, sublinha.
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