Yola Semedo à frente do Carnaval 2018
CARNAVAL. Aos 39 anos, a conceituada cantora foi indicada, na semana passada, para ser a ‘Rainha’ da maior manifestação cultural do país. Com a indicação, Yola Semedo promete tudo fazer para ajudar a promover e a preservar a história do carnaval.
A edição do próximo ano do carnaval angolano terá como rosto promocional a cantora Yola Semedo. A indicação da cantora foi feita na sexta-feira passada (27), pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, para desempenhar, nesse período, a função de embaixadora da maior manifestação cultural angolana.
O encontro, em que a diva da música angolana foi indicada para estar à frente do carnaval, serviu também para uma abordagem sobre o projecto governamental de internacionalização da cultura angolana, além de se pretender levar, com a indicação, todos os segmentos da sociedade angolana a participarem activamente na maior manifestação cultural angolana.
Carolina Cerqueira fez saber que a envolvência dos artistas e agentes culturais nas acções do carnaval enquadra-se no projecto de internacionalização da cultura angolana, bem como a forma de dar a festa em causa uma outra dimensão, tendo em conta o facto de ser uma modalidade que traz a público a história da cultura do país.
A partir da data em causa, Yola Semedo será incluída em todas as actividades ligadas ao Entrudo, tendo igualmente a missão de o divulgar sempre que estiver em algum fórum cultural, nomeadamente durante as suas aparições públicas (espectáculos, entre outras actividades).
Natural de Benguela, Yola Semedo mostrou-se satisfeita com a indicação e disse que tudo fará no sentido de ajudar a promover e preservar a história do carnaval angolano. “É uma honra ser indicada a rainha do carnaval angolano, a maior festa cultural angolana. Desde pequena que sempre dancei, razão pela qual o Ministério da Cultura pode contar com a minha participação em todas as acções”, reforçou a artista.
Sobre o projecto de internacionalização da cultura angolana, Yola Semedo adiantou que os artistas angolanos têm feito tudo no sentido levar além-fronteiras o nome de Angola. “Através da música temos conseguido fazer com vários povos saibam um pouco mais sobre a história de Angola e com um projecto bem delineado e sob a condição das autoridades vamos, de certeza, reforçar as acções de promoção do nome do país, através da cultura no exterior”, afirmou a filha da terra das acácias rubras.
A autora dos sucessos ‘Você me Abana’, ‘Volta’, ‘Hipérbole do Amor’, entre outros considerou que a aposta do Ministério da Cultura em aproximar e buscar sugestões sobre o sector nos agentes culturais é bem-vinda, por serem os principais promotores e preservadores dos traços identitários da angolanidade.
Origem da festa
O carnaval chegou a Angola há vários anos por via dos portugueses. A performance de cada grupo era definida na base dos aplausos e aceitação do público, sendo considerado o melhor quem arrastasse maior número de foliões.
Após a independência, alcançada a 11 de Novembro de 1975, o primeiro carnaval aconteceu em 1978, tendo como vencedor a União Operário Kabocomeu.
O ressurgir das festividades carnavalescas na então República Popular de Angola foi protagonizado pelo fundador da nação e primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, designando o Entrudo de Carnaval da Vitória.
Num discurso realizado no actual distrito do Cazenga, o escritor e também poeta nacional apelou aos angolanos à celebração das vitórias conquistadas pelo país.
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