23 desafios do Governo em 2023
ESPECIAL. Se, em termos económicos, o Governo de João Lourenço espera um ano mais animado, fruto das projecções que antecipam uma expansão do PIB de pelo menos 3,3% e níveis de inflação nos 11,1%, os desafios no plano social e político trazidos dos anos passados renovam-se em proporções mais elevadas. Neste exercício, em conciliação com o ano em curso, o Valor Económico selecciona 23 dos desafios com que o Governo terá de se confrontar ao longo dos 12 meses.
Privatizações
Apresentado em 2019 com a ambição de reduzir a presença do Estado na actividade empresarial, o Programa de Privatizações (Propriv) deve manter-se entre as prioridades do Governo de João Lourenço neste ano. Depois de ter sido obrigado a reajustar o período de execução do programa, abandonando a meta de 2022 para esticá-la até 2027, o Governo deve priorizar os activos cujos processos de alienação andarão mais avançados com destaque para a Empresa Nacional de Seguros (a Ensa). A principal seguradora do país viu o processo de privatização a transitar para o mercado de capitais, por não ter recebido nenhuma proposta aliciante, segundo a justificação oficial do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (Igape). Nesta matéria, espera-se que as atenções do Governo estejam também viradas na cobrança dos mais de 394 mil milhões de kwanzas – de um total de 567 mil milhões - que ainda não foram pagos pelas empresas que ficaram com os 96 activos alienados desde 2019.
Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto
No domínio das infra-estruturas, o arranque sem restrições do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto é uma das prioridades que se colocam entre os desafios da governação. Em finais da primeira metade do ano passado, por altura da realização do voo inaugural, na presença de João Lourenço, o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, disse à imprensa que as operações no aeroporto iniciariam “sem restrições” a partir deste ano. Já esta semana, foi citado pela imprensa pública com garantias de que os ramais ferroviários de apoio à infra-estrutura ficariam prontos também este ano. Desenhado para permitir a evolução de Angola para uma espécie de hub em África, o futuro principal aeroporto do país é um das principais infra-estruturas lançadas por José Eduardo dos Santos no quadro da cooperação com a China. O projecto viveu sucessivos atrasos e ajustes orçamentais que, entretanto, se mantêm envoltos em alguma opacidade.
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