Financiamento, preços e leis são os principais riscos para as petrolíferas
A agência de notação financeira Moody`s considerou hoje que os preços das matérias-primas, o acesso ao financiamento nos mercados internacionais e as restrições regulamentares são os maiores riscos para as companhias petrolíferas este ano.
"Os baixos e voláteis preços das matérias-primas tiveram um efeito negativo na geração de fluxos de caixa e adiaram as amortizações da dívida, dificultando o acesso das empresas aos mercados de capitais", escrevem os analistas da Moody`s, num comentário sobre o sector em 2020.
No documento, a que a Lusa teve acesso, a Moody`s diz que o abrandamento económico nos países mais industrializados vai manter os preços do petróleo e gás baixos e alerta que as tensões geopolíticas vão aumentar a volatilidade dos preços.
Para além destes riscos, a Moody`s aponta também que "o aumento da produção num contexto de abrandamento do crescimento da procura vai imprimir mais volatilidade aos preços, com as condições para fusões e aquisições no sector a continuarem difíceis".
Citado no documento, um dos directores da Moody`s, Steve Wood, considerou que "as companhias energéticas enfrentam um acesso aos mercados de capitais cada vez mais difícil este ano, o que aumenta os custos e enfraquece a liquidez, ao mesmo tempo que aumenta o risco de incumprimento financeiro (`default`, no original em inglês) para as empresas com maturidades iminentes".
O crescimento da produção de petróleo e gás vai ser maior do que a procura este ano, ao mesmo tempo que o sector tem de se ajustar rapidamente às tensões crescentes no Médio Oriente, concluem os analistas da Moody`s.
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