74 empresas nacionais a caminho da Bolsa de Valores de Luanda
MERCADO DE CAPITAIS. Instituições foram identificadas através do Programa de Preparação de Empresas para o Mercado de Acções, num processo que avalia idoneidade empresarial, capacidade de relato financeiro e boas práticas de ‘Corporate Governance’. Falta saber, no entanto, se são elegíveis para se lançarem no mercado accionista.
A Comissão de Mercado de Capitais (CMC) já identificou, através do Programa de Preparação de Empresas para o Mercado de Acções, um grupo de 74 empresas, com vista ao arranque deste segmento do mercado de acções, revelou o administrador executivo da entidade, Ottoniel Santos.
De acordo com o responsável, que falava à margem do IV encontro de quadros da CMC, há duas semanas, o próximo passo será saber se as instituições agora identificadas reúnem o perfil exigido pelo mercado e pela ‘carta’ de boas práticas de governação corporativa, num processo já iniciado e com dossiês de várias empresas.
“No âmbito da divulgação desse programa [PROPEMA], houve uma adesão de 74 empresas, sendo que algumas delas já submeteram o processo de diagnóstico. Neste momento, estamos a apurar todas aquelas que são elegíveis, ou em condições para, do ponto de vista da sua organização interna e da sua estrutura de relato financeiro, estejam em condições para o mercado accionista”, explica o gestor.
Sem nomear empresas, nem sectores de actividades, o responsável acredita que o lançamento do mercado de vai trazer dinâmica à economia nacional, através da circulação de capital para o fomento da actividade empresarial.
A selecção das primeiras empresas à bolsa será desenvolvida pela Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), a avaliar pela sua “agilidade e proximidade” com os operadores e sob o acompanhamento da entidade supervisora do mercado, a CMC.
A CMC já tem a infra-estrutura legal criada para a emissão de acções, estando em falta apenas “empresas em condições” para participar das operações do mercado, segundo garante Ottoniel Santos a quem coube a apresentação do novo plano estratégico da CMC, 2017-2022.
No documento em causa – que sucede ao anterior de 2012-2017 – a entidade liderada por Vera Daves privilegia três pressupostos: o legado do anterior conselho de administração, a interacção com os operadores do mercado e o ‘novo normal’, este que surge em função do actual contexto económico.
O plano estratégico 2017-2022 de Vera Daves não dá certezas sobre a implementação dos restantes mercados que ficam por se concretizar, nomeadamente o de Acções, Fundo de Pensões e o mercado de Futuros, o último do cronograma de mercados no plano de Archer Mangueira, o então presidente do conselho de administração.
A equipa de Vera Daves acredita que devem prosseguir a promoção sobre as vantagens do mercado de capitais, a regulação e supervisão, assim como a cooperação e relações institucionais.
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