ENCIB relança-se com os olhos no mercado
CONSTRUÇÃO. Empresa pública diz-se mergulhada em dívidas, mas traça novos caminhos para “a sustentabilidade financeira”.
A nova direcção da Empresa Nacional de Construção de Infra-estruturas Básicas (Encib) queixa-se de ter recebido a empresa com “elevadas dívidas”, em que se incluem obrigações fiscais, compromissos com fornecedores e um cumulado de 200 milhões de kwanzas com a Segurança Social.
À frente da empresa desde este ano, Laurindo Tchoia admite, no entanto, que a Encib está “em fase de recuperação”, pelo que já projecta colocá-la entre as mais competitivas do sector e torná-la “financeiramente sustentável”, apesar da conjuntura económica agravada pela pandemia da covid-19. “A Encib, como qualquer empresa do sector empresarial público, tem gestão autónoma e vive de recursos próprios. Quero dizer, com isso, que não beneficia do OGE para suportar as despesas. Com base neste pressuposto, ela deve, por todas as vias legais, procurar captar negócios e providenciar a sustentabilidade financeira”, explica Laurindo Tchoia, apontando o estreitamento da relação com os parceiros entre as prioridades, além do reforço de recursos humanos, a melhoria dos processos internos e do parque de máquinas. O director da Encib espera ainda terceirizar serviços que não façam parte do objecto social da empresa, optando pela subcontratação de acordo com as empreitadas.
Garantindo a manutenção dos actuais menos de 100 trabalhadores, Tchoia aponta o dedo à gestão anterior “pelo estado”em que deixou a empresa. “Há muito que não se ouvia falar da empresa, abria-se a possibilidade de extinção. Não se deu lugar à mudança estrutural para o sector empresarial público com as regras e filosofia inerente. Viveu-se da conexão intrínseca das obras do estado, sem uma agenda para o mercado como meio de encontrar oportunidades”, crítica.
“Quem no fundo acaba por ter poder sobre o judicial...