Empresário elogia o Prodesi, mas críticos bancos
O presidente da Associação dos Empresários do Kwanza-Norte elogiou a concepção do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (Prodesi), mas culpou os bancos por o projecto governamental não surtir efeitos na província.
Numa reunião com o ministro da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, Gilberto Simão afirmou que o Projecto de Apoio ao Crédito (PAC) inserido no Prodesi não funciona. O empresário acredita que o "programa não está a surtir efeitos porque os bancos não têm interesse em financiar pequenas e médias empresas". “Os bancos querem lucros”, rematou.
Gilberto Simão identifica os maiores entraves que os bancos colocam: as garantias reais de 10% a 30% e mais de 30 requisitos para se aceder ao crédito. Para ultrapassar este constrangimento, o empresário defende que se aposte no associativismo e cooperativismo. E solicitou a terceirização dos serviços prestados pelo Estado, como a emissão de alvarás. “Não estamos a pedir dinheiro do orçamento. Mas que o estado terceirize alguns serviços. O Governo, invés de receber 30 pedidos de alvarás, recebe uma pessoa para tratar disso”.
A seca e a lei de terras são outros entraves para a implementação do Prodesi. “O grande 'calcanhar de Aquiles' é a lei de terras. No Kwanza-Norte tudo tem dono, mas não fazem nem deixam fazer”, reclama.
Em resposta, Sério Santos pediu ao empresário para perder o “hábito do toca e foge”. O ministro da Economia e Planeamento declarou que “há anos” que fala com a associação, mas que "nunca" conseguiu ver um projecto com “cabeça, tronco e membros”.
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