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Nova aposta da administração

Royal Seguros investe no seguro de saúde

SEGUROS. Com cerca de cinco anos de existência, é a primeira vez que a seguradora aposta no seguro de saúde e estima terminar o ano com duas mil vidas asseguradas. Empresa quer estar entre as principais seguradoras do mercado.

Royal Seguros investe no seguro de saúde

Considerado um produto de alto risco e, por isso, fora da oferta de muitas seguradoras, o seguro de saúde consta, desde Março, da carteira de ofertas da Royal Seguros, no âmbito de uma estratégia da administração que visa posicionar a empresa entre as principais seguradoras do mercado.

“Desde que foi lançada, a Royal estava focada em seguros obrigatórios, automóvel e assistência de trabalho, e voltada muito mais para o público particular. Entretanto, dentro do projecto que estamos a dinamizar de tornar a Royal diferenciada do mercado, passamos a ter o seguro de saúde lançado agora a 1 de Março, tanto para o cliente individual como para o corporativo”, precisou ao VALOR o administrador Pedro Galha, em conversa conjunta com o também administrador Paulo Becker.

Recentemente contratados, os dois gestores estavam ligados à concorrente Proteja Seguros e asseguram agora que a chegada de ambos foi determinante para que a seguradora apostasse no produto, que consideram de “alto risco” e que “pode levar a seguradora a fechar as portas”, quando a gestão não é bem-feita.

“Existe o risco sempre, por isso trabalhamos com resseguradora para minimizar os riscos, fazemos cosseguro, mas principalmente é necessário fazer uma gestão criteriosa”, reforçou Pedro Becker.

Para já, o objectivo é chegar até ao fim do ano com aproximadamente duas mil vidas asseguradas entre empresas e individuais em diferentes produtos e formatos, além de pretenderem dobrar no mínimo o facturamento da empresa. “Existem ainda algumas vertentes de negociações possíveis que nos levam a dizer que ambiciosamente chegaríamos a três ou quatro vezes o facturamento do ano passado, é muito possível”, projecta Paulo Becker. No ano passado, o valor do prémio “esteve em linha com 2019” que, de acordo com dados do mercado, foi de cerca de 693 milhões de kwanzas.

Em 2019, entretanto, a seguradora, que foi fundada em 2016, perdeu quota de mercado face a 2018, passando de 1,20% para 0,38% 

MUDANÇAS NA ADMINISTRAÇÃO

Pedro Galha e Paulo Becker justificam a mudança de seguradora com a possibilidade que lhes foi apresentada de desenharem um projecto para o futuro. “Acreditamos no projecto que desenhámos e foi-nos dada a  possibilidade de apresentar um futuro de médio e longo prazos que vai posicionar a Royal entre as principais seguradoras do mercado angolano”, explica Pedro Galha. A empresa acredita que os sinais da mudança começaram a ser notados ainda este ano. O conselho de administração da seguradora é constituído por três nomes, sendo o terceiro o do PCA e accionista maioritário, Arsénio Mateus.