Angola ‘promoveu’ novos importadores desde 2017
COMÉRCIO. Produtos alimentares e novos grandes importadores têm dominado as movimentações nos portos do país. Saiba quem comandou as importações desde o início da crise. E veja quem apareceu de ‘surpresa’ e impôs-se entre os maiores desde o início da nova legislatura.
os últimos quatro anos (2017-2020), as importações marítimas em Angola foram conhecendo novos ‘players’ que passaram a liderar e a determinar os produtos mais comprados ao exterior. Empresas como as Grandes Moagens de Angola (GMA) e a Leonor Carrinhos entraram para o topo dos maiores importadores, enquanto outras, como a Angoalissar e a Nova Cimangola, se têm mantido também nos lugares cimeiros.
Dados dos boletins Estatísticas do Conselho Nacional de Carregadores (CNC), consultados pelo VALOR, dão conta, por exemplo, que, depois de se ter fixado na 31.ª posição em 2016, a Grandes Moagens de Angola saltou, num ápice, para o ‘top 3’, reclamado justamente a terceira posição entre os maiores importadores em 2017. Nesse ano, esta unidade fabril que se dedica à produção de farinha de trigo e que, à semelhança da Angolissar, é controlada pelo grupo internacional Webcor, importou 211.690 toneladas, 518% acima das compras do exercício anterior.
Outro grupo, que também mantém posições de topo nos últimos anos, é a Leonor Carrinho e Filhos, empresa originária de Benguela. Com um histórico de sociedade familiar, o grupo deixou de ser uma empresa comercial no período de 2016 a 2019, segundo o seu site, para uma empresa de natureza industrial. E foi justamente nesse intervalo que viu as suas importações crescerem 136,53% em 2017, ano em que importou 105.035 toneladas, saltando, por arrasto, para a nona posição entre os principais importadores, depois de se ter ficado pela 21.ª em 2016.
Outro grupo que também chama a atenção é a Vanmard. Sem qualquer registo entre os principais importadores desde 2014, a empresa foi a maior importadora em 2020 com 734.881 toneladas, ou seja, 9,9% das 7,4 milhões de toneladas diversas importadas em 2020. A sua página na internet explica que o grupo actua no sector dos Transportes e Logística, Ambiente, com forte incidência no tratamento da água municipal e industrial, e no Comércio Geral na importação/exportação.
A Grandes Moagens e a Carrinhos passaram assim a figurar, pelo menos no ‘top 5’ dos grandes importadores, a partir de 2017.
A Angoalissar e a Nova Cimangola, por sua vez, conservam o seu lugar entre os maiores importadores desde 2014.
CIMENTO ‘TROCADO’ ALIMENTOS
Desde 2017 que o cimento hidráulico (clínquer) deixou de ser o produto mais importado por Angola. Nesse ano, muitas empresas que fabricam o cimento deixaram de estar na lista dos maiores importadores e a predominância passou desde então para os produtos alimentares, como o arroz e os açúcares.
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