Angolana é co-autora da obra 'Empreendedorismo da Mulher Negra'
LIVRO. Com outras 14 mulheres de nacionalidade brasileira, a angolana Júlia Issuma Mbumba descreve, na obra ‘Empreendedorismo da Mulher Negra – A Potência’, as dificuldades que a mulher negra enfrenta no processo de empreender.
Cordenada a partir do Brasil, a obra aborda, entre outros subtemas, ‘o afro-empreendedorismo e a inserção social’, escolhido pela empreendedora e jornalista angolana, por retratar a sua realidade enquanto mulher nos negócios. “A minha realidade é bem diferente da realidade do resto das mulheres por serem todas elas brasileiras e de desafios distintos da mulher africana propriamente. Falo da minha própria realidade por ser peculiar, interessante e digno de partilha”, refere.
Única angolana a participar do projecto, Júlia Mbumba explica que o principal objectivo da obra, cujo lançamento está previsto para Agosto, é passar o testemunho a toda a mulher que vê no empreendedorismo uma solução. “Não passar uma imagem de que tudo é bonito. Não, antes, olhar para todas as dificuldades que a empreendedora enfrenta, as quedas que o próprio empreendedorismo nos dá”, aclara.
Além das dificuldades, o livro dá também exemplos de algumas estratégias que são traçadas e executadas por essas empreendedoras, sobretudo nas áreas da transformação de ideias, de planeamento e administração de negócios.
Sobre a realidade angolana, Júlia Mbumba menciona “alguns passos consideráveis” no empreendedorismo, mas identifica o “imediatismo” como factor que inibe o crescimento. “O angolano tem o tal vício da moda e parece que empreender virou moda. Não, está errado. Não é para virar moda, é para se deixar que as pessoas que servem para isso o façam com idoneidade, é deixarmo-nos superar todos os dias, é para se fazer bem quando se faz, é para se pensar em fazer apenas quando se sabe que a nossa força serve para continuar, fazer crescer e pular barreiras”, opina.
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