Franquias de Angola vende mais de 90 milhões kz
INTERMEDIAÇÃO. Empresa quer marcas nacionais a expandirem-se através do franchising. Na África do Sul, sistema representa 15% do PIB e empresário vê as franquias com potencial de atracção de investimento.
Franquias de Angola, empresa que se dedica à comercialização de direitos de uso de marcas, fez vendas a vários franqueados de 90 milhões de kwanzas, desde a sua criação em 2020, e arrecadou mais de 20 milhões de kwanzas, na formação de franquias, pagos pelos donos das marcas.
Helivelton Francisco, director da empresa, considera que, aos poucos, o modelo está a ser o preferido de muitos investidores e marcas angolanas que pretendem expandir-se noutros pontos do país. “As franquias em Angola já existem há mais de 15 anos, apenas marcas internacionais trazidas por grandes grupos com contratos de master franchisados, limitando o acesso a qualquer indivíduo ou instituição. Hoje, com a Franquias de Angola, já temos disponíveis no mercado marcas 100% angolanas e que possibilitam a qualquer indivíduo com capital mínimo de investimento para determinada franquia beneficiar do sistema oferecido pela marca”, informa.
Com os valores de cedência de direitos a oscilarem entre os 1 milhão e os 60 milhões de kwanzas, a Franquias de Angola contabiliza, nesta altura, vários clientes na restauração e nos transportes, entre os quais a Tupuca e a ‘Mais Frango’. O primeiro, aliás, fixou em 25 milhões de kwanzas o preço mínimo para a cedência da sua marca e já conta com uma venda.
Helivelton Francisco recorda que factores como a marca, a localização e os equipamentos a serem usados determinam o valor de uma franquia e explica que, neste momento, mais marcas nacionais, inclusive do mercado informal, querem aderir ao sistema, mas são travados pelos custos de elaboração dos projectos. A Franquias de Angola usa um modelo de precificação baseado no volume de negócios do cliente, sendo que o orçamento mais baixo fica em torno de 5 milhões de kwanzas.
Referenciando estatísticas internacionais que determinam uma taxa de sucesso de 90% deste modelo de negócio, contra as marcas criadas de raiz, Francisco lembra que, na África do Sul, por exemplo, o franchising representa até 15% do PIB. “É uma indústria quase que independente e, mesmo em tempos de covid-19, tem-se adaptado ao ritmo da economia mundial”, observa Francisco, que anuncia a criação de uma associação de franchising em Angola para, entre outras razões, contrapor a concorrência das marcas internacionais.
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