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NO PRIMEIRO SEMESTRE

Exportações dos três blocos mais produtivos recuam 17%, mas receitas aumentam 23%

PETRÓLEO. Blocos exportaram 126 milhões de barris nos primeiros seis meses em conjunto. Em sentido inverso, receitas fiscais oriundas dos três blocos passaram de 1,235.2 para 1,619.7 biliões de kwanzas.

 

Exportações dos três blocos mais produtivos recuam 17%, mas receitas aumentam 23%

As exportações petrolíferas dos três blocos mais produtivos do país recuaram 17,2%, no primeiro semestre, face ao período homólogo, passando de cerca de 153 para 126 milhões de barris, enquanto as exportações globais recuaram 15,%.

No Bloco 17, o mais produtivo do país, o recuo foi de 11,6%, passando de cerca de 77 para 68 milhões de barris, aproximadamente menos 8,9 milhões de barris. A quebra, no entanto, é inferior se comparada ao recuo das exportações anuais dos últimos três anos.

Entre 2017 e 2019, as exportações deste bloco recuaram 31%, passando de 219.690.792, em 2017, para 151.542.261 barris, em 2019. No que diz respeito a variações anuais, entre 2018 e 2019, a redução foi de cerca de 22,7%. A tendência manteve-se em relação a 2020 face 2019 com a redução de 11,6%, passando de 151.542.261 para 133.891.531 barris.

Por outro lado, as exportações do Bloco 32 recuaram 22,7%. No primeiro semestre de 2021, o segundo bloco que mais contribuiu para as exportações do país vendeu 30.216.955 contra 39.122.319 de barris do período homólogo. Se os níveis de exportações deste bloco se mantiverem no segundo semestre do ano, a redução fixar-se-á em cerca de 9%, face aos 66.271.086 barris exportados em 2020.

Encerra a lista dos três maiores exportadores o bloco 15, operado pela ExxonMobil. Nos primeiros seis meses, partiram deste bloco 28.482.27 barris, um recuo de cerca de 22,9% ou menos 8.501.206 barris, face aos 36.983.481 barris exportados no período homólogo. Em termos anuais, entre 2017 e 2020, as exportações deste bloco recuaram 53,2%, passando dos 103.893.065 para os 67.797.586 barris.

Esta tendência decrescente da produção e das exportações que, de resto, se verifica em grande parte dos blocos petrolíferos, deve ser interrompida entre 2022 e 2023, segundo estimativas de quadros seniores da Agência Nacional de Petróleo e Gás, suportadas nos trabalhos que devem iniciar, sobretudo, nos blocos 17 e 32.

RECEITAS SÓ SOMAM

Contrariamente às exportações, o somatório das receitas fiscais provenientes destes três blocos aumentou cerca de 23,7%, passando de 1,235.2 para 1,619.7 biliões de kwanzas. A maior variação registou-se nas receitas fiscais do bloco 32, ao passarem de 192.672.792.295 para 335.456.744.633 de kwanzas, um crescimento de 74%. As receitas dos blocos 15 e 17 cresceram, respectivamente, 24% para 449.814.010.550 e 22,7% para 834.451.442.679 de kwanzas.

A tendência crescente das receitas fiscais petrolíferas regista-se desde 2017, antes de ser interrompida em 2020, quando caíram 6% face a 2019, fixando-se em mais de 3,750 biliões de kwanzas. Em 2017, por exemplo, terminaram em 1.615.728.233.132 contra os 1.308.255 047.008 de kwanzas de 2016, um aumento de 23,5%. Em 2018, as receitas registaram um aumento de quase 100%, para os 3,331 biliões de kwanzas. Um novo aumento fixou as receitas em 4,023 biliões de kwanzas em 2019.