Luanda acolhe cimeira para discutir ataques informáticos
Luanda acolhe hoje e amanhã a primeira conferência para discutir a segurança cibernética nas instituições públicas e privadas, no hotel Epic Sana.
O evento é organizado pelas empresas CiberSecur e a SP Media e visa promover a abordagem crítica sobre a cibernética, partilhar conhecimentos sobre perícia digital e os crimes informáticos, tendo em conta o novo Código Penal angolano.
Os bancos em Angola são as instituições que mais sofrem ataques cibernéticos e muitos não têm conhecimento de que são atacados.
O responsável da CiberSecur, Hélio Pereira, explica que muitos bancos não “sabem o que acontece nas suas redes” o que é “muito grave”.
Recentemente, o Banco de Poupança e Crédito (BPC) sofreu um ataque do tipo 'ransomware' (que provoca bloqueio do sistema, tirando documentos e só os liberta com pagamento de milhões em criptomoedas).
Hélio Pereira defende que os bancos devem ter um centro de resposta a incidentes de segurança como obriga o Banco Nacional de Angola (BNA), com um normativo, mas que nem todos os bancos cumprem.
O especialista explica que Angola, em termos de segurança cibernética comparando com outras realidades, ainda é um “deserto” e um mercado “novo e embrionário”. “Estamos a correr atrás para entrar em conformidade com as políticas globais. Ainda estamos aquém do que se espera”, afirma Hélio Pereira.
O evento prevê ter a presença de representantes do Ministério do Interior e da Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...