Presidente da República ignora comunicação social
O Presidente da República, João Lourenço, ignorou hoje a comunicação social no seu quarto discurso à Nação, na Assembleia Nacional.
Diferente do discurso do ano passado, em que o Presidente reservou alguns minutos para falar do sector, desta vez João Lourenço apenas se referiu ao domínio das telecomunicações e aos avanços da implementação da Televisão Digital Terrestre.
O sector das telecomunicações tem enfrentado os seus piores anos com o encerramento de jornais e revistas e sucessivas queixas de interferências políticas nos meios públicos. Recentemente, a Vida TV e a ZAP anunciaram despedimentos de colaboradores depois serem impedidas de continuarem a emitir.
No ano passado, João Lourenço destacou a liberdade de imprensa, a educação neste sector e o facto de Angola ter conquistado dois “importantes” prémios de jornalismo, nas categorias de rádio e fotografia, “fruto das medidas de política de formação e superação de jornalistas e quadros do sector”, sublinhou o chefe de Estado.
Ainda no discurso do ano passado, o Presidente destacou a política de modernização tecnológica e de reforço de infra-estruturas das empresas e institutos públicos do subsector da Comunicação Social e a Política Nacional de Comunicação Social.
“O maior desafio está na extensão do sinal de rádio e de televisão a todo território nacional, de acordo com as metas do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018/2022”, defendeu João Lourenço.
Houve ainda tempo no discurso do ano passado para falar sobre o papel dos meios de comunicação social no combate à pandemia. “No quadro das acções tendentes a sensibilizar e educar os cidadãos sobre a pandemia do novo coronavírus, a Comunicação Social tem cumprido com a sua vocação e com a responsabilidade de informar a sociedade”, lembrava o Presidente.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...