Angola com recessão de 1,6% este ano
A economia angolana deve registar um crescimento negativo de 1,6% este ano, antes de voltar à rota do crescimento prevista para 2022, ano em que se projecta uma expansão do PIB de 1,9%.
As previsões são do Instituto Financeiro Internacional (IFI) e constam de um relatório sobre fluxos de capital em 10 economias da África subsariana, enviado a credores e a que a Lusa teve acesso.
A análise do IFI reafirma a previsão avançada pelo Centro de Estudos e Investigação Científica (Ceic) da Universidade Católica de Angola que, no Relatório Económico lançado Agosto último, antecipava um crescimento negativo de 1,98% em 2021. “Os mercados de fronteira da África subsariana estão a emergir do choque pandémico, mas o crescimento é comparativamente fraco”, argumenta Benjamin Hilgenstock, responsável do departamento de pesquisa económica do IFI para a região.
Em termos globais, segundo cálculos do IFI, as 10 economias analisadas (Angola, Camarões, Costa do Marfim, Gana, Quénia, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Uganda e Zâmbia) deverão crescer 3,5%, esperando-se um ligeiro aumento de 0,2 pontos percentuais em 2022, para 3,7%. “Projectamos uma forte recuperação no fluxo de capitais não residentes para 53,5 mil milhões de dólares em 2021, face aos 21,1 mil milhões de dólares do ano passado”, escrevem os analistas, alertando que, “apesar de a recuperação do Investimento Directo Externo ser robusta, investimentos persistentemente mais elevados serão necessários a médio prazo”.
Quanto aos riscos de financiamento, segundo os analistas, por terem registado aumentos no preço do petróleo, a principal fonte de receitas, Angola e a Nigéria estarão mais bem posicionadas.
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