Falta de dinheiro e de entrega oficial ‘apagam’ semáforos
Governo Provincial de Luanda (GPL) justifica o ‘apagão’ dos semáforos nas ruas da capital com a falta de dinheiro para cobrir as despesas logísticas, técnicas e para a compra de material e outras peças no exterior. “O não funcionamento regular dos semáforos consiste na necessidade periódica de manutenção dos mesmos”, explica o gabinete dos Transportes e Mobilidade Urbana do GPL, insistindo que a falta de “dinheiro tem sido o maior constrangimento” para a manutenção dos aparelhos nas principais ruas da cidade.
“Existe uma equipa de técnicos do Ministério do Interior (Minint) que tem feito algumas intervenções superficiais, mas a falta de material para substituir resulta da paralisação de alguns semáforos”, lamenta.
Apesar de ter assumido recentemente a gestão da plataforma de semáforos, competência antes atribuída ao Minint, o GPL reclama não ter recebido ainda os activos. É um dos factores que também tem contribuído para a dificuldade de pôr a funcionar os aparelhos, essenciais à mobilidade urbana.
“Devíamos receber e oficializar o acto tendo em conta a orientação do Presidente da República por via do seu despacho. O que está em falta é a entrega oficial que ficou pendente pela recepção dos passivos e os activos”, esclarece.
No entanto, há anos que as autoridades têm dificuldades em manter os semáforos acesos com regularidade e questões financeiras têm sido apontadas como a principal razão. Em 2019, por exemplo, o Ministério do Interior anunciou que a dívida com a empresa privada que geria o sistema Vlatacom estava praticamente regularizada.
A dívida em causa arrastava-se desde 2010, estava avaliada em cerca de 13 milhões de dólares e inviabiliza o funcionamento dos sinais. Antes do Minint, até 2010, a gestão dos semáforos era da responsabilidade do extinto Gabinete de Intervenção para a Província de Luanda.
BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de...