Abre as portas aos empresários chineses para integrarem a associação que reúne os representantes de automóveis. Elogia as medidas do Governo e confia que, este ano, a venda de automóveis registe um crescimento de 15%, a acompanhar a retoma económica. Líder da Associação da Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transporte Rodoviário e Outros (Acetro), Nuno Borges admite haver subida de preços dos automóveis como consequência da guerra na Ucrânia.

Que avaliação se pode fazer do sector automóvel nos últimos anos?

As vendas de viaturas sofreram uma queda considerável a partir de 2014 tendo caído para cerca de 11% em 2017. Em 2018 e 2019, atingiram o nível mais baixo, mas com perspectivas de crescimento em 2020 prevendo-se acompanhar o plano de crescimento da economia angolana. Estas expectativas foram totalmente alteradas pelo inesperado surgimento da pandemia covid19, tendo sido atingido o nível mais baixo de vendas de  sempre. Em 2021, iniciámos uma fase de crescimento com perspectivas de continuar em 2022.

Como caracteriza esta tendência de crescimento?

Já em 2021, tivemos um crescimento de cerca de 61% comparando com 2020 e prevemos que, em 2022, cresça mais cerca de 15%. Este crescimento deve-se ao facto de que a economia angolana está em fase de retoma, podendo crescer cerca de 3% do PIB em 2022.

E as importações?

As importações acompanharam a dinâmica da procura interna removidas que foram as limitações anteriores nas disponibilidades de divisas.

Como avalia a expansão das marcas chinesas em Angola?

É natural que, sendo Angola um mercado aberto à concorrência e sendo a China um mercado em grande expansão e de oferta, tenha produtos também no sector automóvel que sejam competitivos.

No ano passado, as vendas de carros chineses foram bastante significativas. Que impacto isso tem para o mercado?

Não temos informação estatística sobre as vendas de viaturas chinesas em 2021. Contudo, os associados da Acetro tiveram um crescimento de cerca de 61% comparando com 2020.

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