"A mim, o livre arbítrio; aos inimigos, a lei": a crónica das sondagens
Albino Carlos, o porta-voz substituído por Rui Falcão no Bureau Político do MPLA, afirmou em Março de 2021 que o seu partido “não vive de sondagens”. Eram tempos duros para o MPLA e para o seu presidente. À percepção generalizada da queda drástica da popularidade de João Lourenço somavam-se várias pesquisas de intenção de voto que convergiam numa derrota humilhante do partido no poder, em caso de eleições transparentes. O tempo foi passando e nada de substantivo mudava em benefício dos ‘camaradas’. Pelo contrário. Confortado com o controlo absoluto das instituições nevrálgicas do Estado, o MPLA deu-se ao luxo de manter-se entretido com sucessivos tiros nos pés. Não satisfeito, até foi mais longe…. Enfiou-se um tiro quase mortal na cabeça, ao denunciar-se como decisor da anulação do Congresso da Unita. Adalberto Costa Júnior acabaria investido formalmente nas vestes de inimigo número um do regime e principal alvo a combater “até à exaustão”.
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