"A mudança de atitude vai fazer com que Angola se desenvolva melhor"
O sócio da empresa chinesa Yongjin sente-se optimista com o crescimento agrícola em Angola, embora admita “não ser fácil ser empresário”. Confia que, em pouco tempo, Angola não precisará de importar para comer. A sua empresa está a desenvolver um projecto em Malanje voltado para a agricultura e o turismo que esteve suspenso por causa da pandemia e uma feira para camponeses deficiêntes. Qian Zhenhua afirma que os camponeses angolanos “já não são como antigamente”, que se “levantam cedo para trabalhar e que “essa mudança de atitude vai fazer com que Angola se desenvolva”.
Sei que a sua empresa tem intenções de concretizar investimentos importantes na agricultura. Como analisa genericamente esse sector em Angola?
Tenho boas perspectivas da agricultura em Angola. Tanto que já não quero voltar para a China. Quero trabalhar no campo. Se não tivéssemos confiança, não investiríamos tanto. Esta empresa investiu muito em Angola. Temos o projecto de Malanje voltado para a agricultura. Antes de escolhermos Malanje, investigámos as potencialidades de algumas províncias, como o Uíge e o Huambo, e acabámos por escolher Malanje que melhor se adapta aos nossos projectos. Vamos também montar lojas e estaleiros em Malanje. Temos algumas empresas com quem temos boas relações comerciais na província. Já temos mil hectares preparados para plantar milho.
Ou seja, criaram uma unidade de negócio especificamente virada para a agricultura, certo?
Exactamente. Em 2019, a Yongjin Angola criou uma outra empresa ligada à agricultura e ao turismo em Malange. Comprámos sete mil hectares de terra para isso. Depois, por causa da pandemia, essa intenção ficou suspensa. Estamos à espera do fim da pandemia para retomar o projecto e começar a promovê-lo. Mas esse não é o nosso negócio principal. A nossa empresa trabalha essencialmente na importação e exportação de veículos agrícolas da China.
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