Acesso às divisas “normaliza progressivamente”
CÂMBIO. Taxa de câmbio da moeda estrangeira, no mercado informal, estabilizou na última semana, depois de uma queda quase abrupta de aproximadamente 12% no espaço de 10 dias. ‘Kínguilas’ foram apanhados desprevenidos.
O acesso à moeda estrangeira “vem normalizando progressivamente,” como resultado do “impacto das medidas de ajustamento monetário e cambial, no âmbito da implementação do Plano de Estabilização Macroeconómica (PEM)”.
A garantia é do governador Banco Nacional de Angola (BNA). Segundo José de Lima Massano, a reitrodução do PEM é marcada “pela alteração da âncora nominal da política monetária e a consequente adopção de um novo regime de formação da taxa de câmbio”. Massano respondia assim, por e-mail, sobre a queda da taxa de câmbio no mercado paralelo, onde os comerciantes, na semana passada, foram apanhados em contramão.
“Comprámos a nota de 100 USD a 40 mil kwanzas e tivemos de revender a 37 mil kwanzas. Perdemos muito dinheiro”, declarou Mário Lombe, um cambista do mercado da Estalagem, Viana, em Luanda. O mesmo que indicou terem sido apanhandos “desprevenidos”.
Na semana passada, as vendas, no paralelo, estavam cotadas em 420 kwanzas por cada euro, contra os 500 kwanzas da semana anterior. Em relação ao dólar, a cotação estava fixada em 370 kwanzas, contra os 420 kwanzas, nos sete dias imediatamete anteriores.
No entanto, é no informal onde ainda a maioria dos cidadãos adquire as notas de forma célere e desburocratizada.
O BNA retomou recentemente a realização regular de leilões de moeda no mercado primário (BNA para bancos comerciais), acabando com a venda directa a clientes e contornando os bancos, uma prática que se tornou a marca do antecessor de Massano, Valter Filipe Duarte.
Entre as operações de normalização no sistema financeiro nacional, destaca-se a regularização das operações cambiais que se encontravam pendentes desde 2015 a 2017.
O diferencial entre as taxas de câmbio do mercado paralelo e do oficial encolhera de 150 para 70%, segundo declarações de José de Lima Massano em Maio. Na altura, reconheceu, entretanto, que a pressão sobre o kwanza continuava.
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