JUSTIÇA. Defesa de Isabel dos Santos revela que foi feita uma reclamação hierárquica no dia 19 de Janeiro de 2024 (quatro dias depois da notificação) por ausência de resposta para consultar o processo, o que só foi permitido sexta-feira à tarde, do dia 19 de Janeiro 2024, por apenas três horas, num processo de cerca de 10 mil páginas.

Os advogados da empresária Isabel dos Santos consideram “falsa” a afirmação do Procurador-Geral Adjunto da República de Angola, Pedro Mendes de Carvalho, num workshop, nesta segunda-feira, segundo a qual Isabel dos Santos foi notificada para ser ouvida, mas preferiu não responder às questões das autoridades angolanas.

Em carta enviada à redacção do Valor Económico, na tarde desta terça-feira, 30, os advogados escrevem que Isabel dos Santos vive fora de Angola desde 2017 e que não foi notificada pela PGR de Angola para ser ouvida. Ao mesmo tempo, jamais se recusou a prestar declarações à justiça ou a colaborar para a descoberta da verdade dos factos e sua reposição.

“No dia 22 de Janeiro de 2024, Isabel dos Santos apresentou as suas respostas e esclarecimentos à acusação (com data de 11 de Janeiro de 2024) deduzida no processo n.º 48/19 (tornada pública pelas próprias autoridades) e fê-lo dentro do prazo estabelecido por lei de 10 dias, na sequência da notificação recebida pelos seus advogados no dia 12 de Janeiro de 2024”, lê-se no documento.

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