Africanos disputam o título de ‘herói empreendedor 2022’
COMPETIÇÃO. Bilionário chinês assumiu compromisso de longo prazo no desenvolvimento do empreendedorismo africano. Galardão é avaliado em 1,5 milhões de dólares e, desde 2019, só ganham mulheres. Nigéria tem dominado, ao passo que Angola não está presente.
Há 20 finalistas ao concurso 'Africa’s Business Heroes (ABH) 2022' organizado pela Fundação Jack Ma, que destaca e celebra o talento do empreendedorismo em África. Não há um único angolano entre os concorrentes que se dividem entre 10 mulheres e 10 homens, provenientes de 11 países africanos.
Seleccionados de um total de 21 mil candidatos de vários países africanos, os finalistas concorrem a um prémio de 1,5 milhões de dólares e o acesso a uma comunidade de líderes e inovadores internacionais, especialistas industriais, investidores e aceleradores, bem como a campos de formação multidisciplinares e sessões de formação.
No próximo mês, o número de ‘heróis’ deve diminuir para 15. Estes serão apurados para a semi-final do concurso marcado para o dia 30 de Setembro e apenas 10 vão acabar por disputar o prémio de 1,5 milhões de dólares numa final marcada para o fim do ano.
Sob o lema ‘It's African Time’, a lista de concorrentes é liderada pela Nigéria, com cinco candidaturas; seguem a África do Sul, com quatro, e o Egipto com três. Com cada um concorrente estão o Botsuana, Camarões, Etiópia, Quênia, Gana, Ruanda, Somália e Tanzânia.
Salta à vista o facto de, desde 2019, apenas mulheres vencerem o prémio. Em 2021, o primeiro lugar coube à egípcia Khadija Mohamed Elbedweihy. Em 2020, à queniana Chebet Lesan e em 2019, à nigeriana Temie Giwa-Tubosun. E mais: são premiados três vencedores e o ‘top 3’ contou sempre com a presença de duas mulheres.
Os empreendedores nigerianos são os que mais vezes chegaram ao ‘top 3’ do concurso, sempre estiveram entre os três vencedores.
O Africa’s Business Heroes (ABH) faz parte do compromisso, a longo prazo, da Fundação Jack Ma para “ajudar a apoiar e fomentar um ecossistema empresarial inclusivo e forte em África”, que pretende, ao longo de 10 anos, “reconhecer e aperfeiçoar as capacidades de criação e gestão de negócios de 100 empresários africanos”. Jack Ma é um dos homens mais ricos da China com uma fortuna avaliada em mais de 40 mil milhões de dólares.
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