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Prodesi ‘trava’ na província do bié

Agricultores não acedem ao crédito por não estarem formalizados

Muitos projectos não têm sido aprovados e recebido financiamento no Bié, no âmbito do Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), pelo facto de os candidatos agrupados em cooperativas não estarem formalizados e noutras situações apresentarem documentação incompleta.

 

Agricultores não acedem ao crédito por não estarem formalizados

A informação foi prestada pelo director do Gabinete Provincial de Desenvolvimento Económico Integrado, Israel Chissingui Elavaco.

No ano passado, somente 18 cooperativas agrícolas receberam financiamento do Banco de Desenvolvimento Angola (BDA), número semelhante ao registado em 2020. Cada uma recebeu até 50 milhões de kwanzas. O responsável perspectiva, entretanto, para este ano um aumento dos beneficiários.

A situação é diferente no Cunene, onde, segundo o director provincial do Gabinete de Desenvolvimento Integrado, das 18 cooperativas existentes, 16 tiveram acesso ao crédito, no ano passado, no valor global de 255 milhões de kwanzas. A dificuldade prende-se com a seca que afecta a província.

“Estamos a notar diversos constrangimentos, porque nem todos os projectos foram implementados na margem do rio Cunene como era previsto e houve, ao mesmo tempo, muitos obstáculos causados pela covid-19, que inviabilizou a implantação completa de várias iniciativas. Mas, ainda assim, os produtores têm vindo a honrar, embora com algum atraso, o reembolso”, assegurou.