Água Cesse aumenta produção em mais de 50%
BEBIDAS. Apesar de estar a produzir abaixo de 50% da capacidade instalada, a empresa pretende regressar às exportações e aposta na produção de águas aromatizadas.
A fábrica de água Cesse do Negage ampliou, em 2017, a sua capacidade de produção em 59%, para 27 mil garrafas por dia, mas continua distante da capacidade instalada de 65 mil garrafas.
O director-geral, Gilberto Cassumba, aponta a dificuldade de acesso às divisas como principal entrave. “Temos as linhas de produção cá, mas faltam alguns equipamentos que precisam de ser importados, porque a nossa maquinaria vem dos EUA e as divisas são indispensáveis”, justifica.
Apesar dessas dificuldades, o gestor garante pretender avançar com a segunda fase do projecto, que passa, essencialmente, pela ampliação da fábrica, adicionando mais duas linhas de enchimento às quatro existentes. O objectivo, explica, é atingir uma cobertura de, pelo menos, 65% do território de Angola.
“Embora a Cesse não disponha de capacidade para fazer a cobertura de todo o território, temos disponibilidade de vender em qualquer ponto do país. Temos aceitação nos hotéis de referência em todo o país e nos clubes desportivos”, refere Cassumba.
A exportação não é nova para a empresa. Num passado recente, vendeu para a Namíbia e tinha contactos avançados para enviar água para o Dubai. Mas a dificuldade de divisas interrompeu os dois processos. Pela mesma razão, também foi interrompida a produção da água aromatizada. Para evitar constrangimentos, está projectado um investimento na fruticultura para minimizar os custos de importação da matéria-prima.
Gilberto Cassumba perspectiva que o mercado das bebidas e águas continue a crescer, embora exista muito tabu. “Há pessoas que compreendem mal a questão das águas minerais”, defende, referindo um aumento do consumo da água purificada pelo país.
Localizada no bairro Bengo, em Negage, no Uíge, a fábrica foi inaugurada a 4 de Fevereiro de 2014 e resultou de um investimento de seis milhões de dólares.
JLo do lado errado da história