Air26 entrega metade da documentação ao INAVIC
INTERDIÇÃO. Operadora do grupo Ducard ainda não recebeu autorização para levantar voos, mas já informou o regulador sobre a implementação das reformas.
A Air26 informou o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC), em Agosto, sobre a situação do processo de reestruturação da empresa imposta pelo regulador. O documento, que espelha apenas parte das orientações já realizadas no âmbito da reforma, encontra-se em apreciação, pelo que a operadora privada ainda não recebeu autorização para voltar a levantar voo, segundo fonte do organismo.
A mesma desmente informações sobre o fim da reestruturação da companhia e a entrega do dossier completo ao regulador. “O documento que a direcção da Air 26 nos enviou é referente a uma parte da reforma. O INAVIC não recebeu nenhum documento conclusivo, por isso é que os seus aviões ainda não podem voar.”
O site ‘Angonotícias’ citou, recentemente, uma fonte da empresa que teria dado como findo o processo de reestruturação e reorganização técnica e operacional da companhia, em resposta a uma notícia do VALOR, de 21 de Agosto. “Se fosse o caso, a Air26 já estaria a voar novamente”, esclarece a fonte deste jornal , insistindo que, se a companhia não cumprir os prazos estabelecidos, pode perder a licença.
A Air26 continua a fazer parte do grupo de operadoras autorizadas a voar. As lojas da operadora continuam abertas, apesar de não venderem bilhetes.
O organismo afecto ao Ministério dos Transportes suspendeu os voos da companhia, em finais de 2016, no âmbito de uma reestruturação técnica e operacional exigida pelo INAVIC, após este ter detectado o que considerou de irregularidades no funcionamento da empresa do grupo Ducard.
O VALOR tentou contactar várias vezes o director comercial da transportadora, Luís Arriegas, mas sem sucesso. Enviadas as questões por mensagem, o mesmo limitou-se a responder que estava em reunião, enquanto, no escritório da empresa, recepcionistas limitam-se a informar a ausência dos responsáveis da companhia.
Criada em 2006, a Air26 possui seis aviões jactos Embraer, de 37 a 50 lugares, e, até à interdição, voava, a partir de Luanda, para quatro destinos (Cabinda, Soyo, Benguela e Ondjiva). A empresa faz parte do Grupo Ducard, que controla dez empresas de diferentes áreas de negócios.
JLo do lado errado da história