FÁBRICA DE ROCHAS ORNAMENTAIS

ALATURCA investe 3 milhões USD em nova linha de produção

A fábrica de cortes e lapidação de granitos Alaturca está a produzir apenas 25% da sua capacidade. Em Janeiro, aquando da inauguração, a previsão era de transformar mensalmente dois mil metros quadrados de rochas ornamentais.

 

Segundo o director, Emanuel Miguel, os objectivos “não foram alcançados” por causa do mau momento da a construção civil”. “Produzimos para empresas de construção civil e, infelizmente, vemos que cada dia que passa, há uma construtora a fechar as portas e são os nossos maiores clientes”.

A direcção da fábrica tinha previsto criar, até ao final do ano, entre 75 e 100 postos de trabalho. Como resultado da baixa produção, emprega apenas 25 trabalhadores. “O nosso desafio não está a ser fácil, principalmente devido ?à escassez de divisas. Por exemplo, polir uma pedra é preciso cálcio. Em Angola não há indústria de cálcio. “Para cortar a pedra é preciso discos de diamantes. Não temos uma indústria de discos de diamantes. Existe rolamentos especiais para máquinas, que é preciso substituir, porque vão desgastando”, explica o entrevistado.

A empresa pretende investir, nos próximos nove meses, três milhões de dólares na montagem de uma nova linha de produção. Com esse investimento, a fábrica pretende exportar a marca angolana.

As máquinas estão a ser adquiridas em Itália. Numa primeira fase prevê chegar a África do Sul e ao Congo. A primeira linha de produção, que se encontra em funcionamento, custou 1,5 milhões de dólares.

A escassez de mão-de-obra qualificada é outro problema. Os funcionários recebem formação no trabalho e, nos próximos tempos, serão enviados para o exterior para frequentar cursos mais avançados. Estáo a faltar também empresas vocacionadas à assistência técnica dos equipamentos. Na manutenção das máquinas, a Alaturca depende de técnicos expatriados, afectos a fornecedoras dos aparelhos, que periodicamente vêm a Angola.