Ambulantes investem na venda de desinfectantes
A corrida pela venda de produtos de prevenção à pandemia mantém-se acelerada nas ruas de Luandas. A exemplo de máscaras ou de limão, como o VALOR já reportou em edições anteriores, a comercialização de desinfectantes químicos, como lixívia e álcool gel, também se tornou regular nas ruas da capital. E, invariavelmente, os vendedores contam que tiveram de abandonar outros negócios “menos apetecíveis” nesta fase.
Massanga é exemplo destes muitos vendedores que se viu forçado a mudar de negócio. Vendedor de gelados até antes da pandemia, transitou para os desinfectantes, o que lhe permite lucrar pelo menos 300 kwanzas em cada 100 mililitros, pelas ruas do Rangel. “Nesta fase, os produtos desinfectantes são os mais procurados e comprados. Apesar de o lucro não ser tão alto, vale a pena vender, porque os outros produtos não têm sido tão comprados desde o início da pandemia”, conta.
Narciso Francisco, outro vendedor ambulante, afirma ser “natural” a constante troca de comércio pela dinâmica do mercado. Se antes vendia lenços de bolso e auriculares, segue a tendência e “as necessidades do mercado”, despachando agora desinfectantes e detergentes.
Da vila de Viana chegam os testemunhos de Ana Miguel e de Ngoguita, duas vendedoras ambulantes que trocaram bananas e bolachas pela lixívia.
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