Amina Mohammed para fazer pontes entre os países
ONU. António Guterres escolheu três mulheres para serem mais directas colaboradoras na gestão do secretariado das Nações Unidas. Uma delas é nigeriana Amina Mohammed, que passa a ser número 2 da ONU. Surge em 39.º lugar numa lista das personalidades mais poderosas do mundo.
Amina Mohammed, aos 54 anos, já percorreu 193 países, desde que se dedica à vida política, especialmente quando foi conselheira especial do (ainda) secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon. A ex-ministra do Ambiente da Nigéria já avisou que pretende fazer o mesmo nos próximos 15 anos, percorrer o mundo em encontros diplomáticos. Amina Mohammed foi escolhida pelo futuro secretário-geral para ser a número dois da organização. Na prática, é ela que substitui o português nas altas funções da organização, nas ausências de António Guterres.
Antes de trabalhar nas ONU, Amina Mohammed dirigiu programas de combate à pobreza na Nigéria, foi assessora do presidente nigeriano até chegar a ministra do Ambiente. Na ONU, é elogiada pela capacidade de fazer pontes entre os países mais desenvolvidos e os mais carenciados. A revista Fortune coloca-a na 39.ª posição, entre as personalidades mais poderosas do planeta. Com esta nomeação, vai subir mais uns degraus.
Amina Mohammed começa a exercer funções a partir de Janeiro, ao lado de António Guterres que já fez o juramento da ONU, como o nono secretário-geral da organização, fundada em 1945. No seu discurso de posse, Guterres prometeu renovar as Nações Unidas, defendendo que é “preciso haver mudanças”, entre elas, a forma de financiamento. A ONU depende integralmente das quotas pagas por cada país-membro.
A abrir o mandato, que dura até 2021, António Guterres terá a ‘espinhosa’ missão na Síria para resolver que se junta à crise de refugiados na Europa e os processos de paz em Moçambique, Líbia, Iraque e nos Grandes Lagos, entre outros.
Venâncio Mondlene acusa João Lourenço de temer reabertura do processo ‘dívidas ocultas’