Em causa melhorias da aceleração do crescimento económico

Angola e EAU planeiam acordo de dupla tributação

A República de Angola e os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão a negociar a assinatura de um acordo de dupla tributação, com vista a criação de um quadro de investimentos favorável para os dois países.

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Esta informação foi prestada esta quarta-feira, à imprensa, pelo director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, Joaquim do Espírito Santos, por ocasião da chegada a Angola do xeque da região oeste dos EAU, Hamdan Bin Zayed Bin Sultan Al Nahyan, que se encontra em visita oficial de dois dias ao país. Para Joaquim do Espírito Santos, sobre esta matéria que está a ser negociada desde 2015, o país do Golfo Pérsico tem demonstrado elevado interesse, pelo que em breve o acordo deverá ser consumado.

“Trata-se de um acordo estratégico bastante favorável para Angola, que procura as melhores vias para acelerar o crescimento económico e o desenvolvimento do país, e os Emirados afiguram-se um bom parceiro, dado o seu potencial nas áreas dos transportes, energia, turismo, comércio e indústria”, enfatizou o diplomata.

Informou que entre os dois estados já existe um acordo de cooperação económica e técnica, rubricado em 2015, em Abu Dhabi, capital dos EAU.

Relativamente à visita do monarca árabe, Joaquim do Espírito Santos disse ser de extrema importância para as duas partes, por se tratar de “uma entidade de peso do Governo dos EAU”, que vai abordar com o Presidente de Angola, João Lourenço, assuntos relevantes do fórum político e económico.

A visita de Hamdan Bin Zayed Bin Sultan Al Nahyan a Angola acontece dois anos depois do presidente cessante de Angola, José Eduardo dos Santos, ter estado em Abu Dhabi, a convite do monarca da capital, para a criação de parcerias entre empresários angolanos e árabes.

Na oportunidade, o então Chefe de Estado angolano rubricou o acordo que deu origem a criação de uma comissão mista, tendo sublinhado no encontro com o xeque Mohamed Bin Zayed Al Nahyan, que “gostaria de poder contar com a participação dos Emirados na criação de parcerias público-privadas”.