Angola e Índia querem reforçar trocas comercias
Angola e Índia manifestaram interesse de reforçar as trocas comerciais, sobretudo na agricultura, saúde e indústria agroalimentar, enquanto a balança comercial entre ambos registou um aumento de importações e exportações entre 2017 e 2019.
A decisão foi expressa durante a audiência que o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, concedeu hoje, em Luanda, à embaixadora Índia em Angola, Pratibha Parkar.
Angola importa da Índia, fundamentalmente, produtos farmacêuticos, máquinas, aparelhos, materiais eléctricos, veículos automóveis, maquinaria para o sector industrial, produtos químicos e exporta combustíveis e óleos minerais, sal, enxofre, cimento, entre outros.
Na reunião de hoje, a diplomata indiana manifestou interesse de ver reforçada a cooperação comercial nos diamantes, petróleo, agricultura, tecnologias de informação, saúde e a indústria e segurança alimentar.
Segundo a embaixadora da Índia em Angola, as relações comerciais entre o seu país e Angola estão no bom ritmo e as trocas comerciais entre ambos já atingiram os 4,6 mil milhões de dólares em importações e 3 mil milhões de dólares em importação, “maioritariamente petróleo”.“Mas, também, concordamos em poder diversificar as áreas de actuação”, disse em declarações aos jornalistas.
“O objetivo desta reunião foi abordarmos as áreas que queremos reforçar, no quadro da cooperação bilateral, como na agricultura, saúde e farmácia, transformação de alimentos, tecnologia de informação e diamantes”, apontou Pratibha Parkar.
Por sua vez, o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, deu conta que Angola está num processo de alteração da sua estrutura económica e os investimentos directos que podem surgir de países como a Índia são bem-vindos.
Um grupo técnico, que vai envolver empresários angolanos e indianos, será criado com o objetivo de se ter uma “maior abrangência possível” para encontrar áreas para trabalhar de forma prática para se atingir resultados.
“O objetivo é partilharmos uma lista concreta de oportunidades que poderão interessar aos empresários nacionais e indianos no sentido de relançarmos a nossa indústria transformadora e também a agricultura”, realçou.
A Índia “tem uma participação muito interessante já em Angola”, com industriais ligados, essencialmente, em materiais de construção, mas o objectivo é “alargar a base de trabalhos”, para que Angola “deixe de ser um país dependente de petróleo e isso só se faz com investimento nas áreas fora do petróleo”.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...