“Angola é um país que aceita todas nacionalidades, mas há alguns estereótipos e preconceitos para uma certa nacionalidade”
Fundador dos centros comerciais Cidade da China, Kikolo Shopping, Nova Era e recentemente lançou a primeira pedra para a construção do complexo industrial na Funda, Jack Hung considera que Angola é um país bom para se investir, apesar de sentir alguma discriminação. O PCA do African Sunrise lamenta a dificuldade que se tem para a compra de terrenos por conta dos litígios, estranha o facto de um terreno ter sempre vários donos, considera que negócio de gestão de centros comerciais não é para todos, mas apenas para quem tenha conhecimentos.
Têm investimentos em infra-estruturas. Como tem sido fazer negócios em Angola?
Começámos os nossos investimentos em Angola em 2016. Primeiro, escolhemos a área imobiliária comercial para fazer investimentos e todos os nossos projectos são centros comerciais e parque industrial. Esses dois sectores vão contribuir muito, primeiro, para melhorar o ambiente de negócios e para melhorar as condições também para toda população, assim como atende às necessidades da maioria e a contribuir para desenvolver a economia do país. Recebemos também muito apoio no Governo. Temos muitos mercados informais em Angola e que faltam condições. O que estamos a fazer é transformar esses mercados informais a investir directamente o nosso capital próprio, criando centros comerciais com mercados mais organizados e com mais condições para todos, desde comerciantes até consumidores. Esse é só o início para fazer uma transformação, ainda tem um grande caminho.
O negócio dos ‘shoppings’ é muito lucrativo?
Não é um negócio simples, é complexo. Desde que começámos com o planeamento, acreditámos que era um projecto rentável, mas, durante a execução e funcionamento, acontecem muitas situações. Por exemplo, a desvalorização da moeda, a economia fraca, até agora ainda não é bem rentável, mas mesmo assim continuamos a fazer investimentos nesses projectos. Acreditamos que no futuro vai ser um projecto rentável.
A Cidade da China é o primeiro empreendimento em que investiram. Já retiraram o valor investido?
Na Cidade da China, investimos 200 milhões de dólares e está em funcionamento há sete anos. Já tivemos algum retorno, mas não conseguimos retornar todo o investimento, porque continuamos a investir. A Cidade da China está a ser ampliada com aquilo que ganhamos e estamos a voltar a investir em outros projectos em Angola.
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