NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

Angola exportou mais de 220 mil metros cúbicos de madeira

RECURSOS FLORESTAIS. Volumes de exportação da madeira em toro chegam a ser seis vezes mais em relação do que foi exportado, no mesmo período, em madeira serrada, cujos níveis de exportação corresponderam a 36.266 metros cúbicos.

 

Nos últimos cinco anos, Angola exportou 220.385 metros cúbicos de madeira em toro, seis vezes acima das exportações da madeira serrada, fixadas em 36.266 metros cúbicos, revelam dados do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) a que o VALOR teve acesso.

2016 foi o ano mais produtivo do último quinquénio, com as vendas para o exterior a reclamarem cerca de 56% das exportações globais de madeira em toro, para os 125.189 metros cúbicos. Em 2015, as exportações fixaram-se em 31.313 metros cúbicos, muito acima dos 23.185 de 2014. Os primeiros dois anos foram os menos produtivos , com as exportações a atingirem 25.168 metros cúbicos em 2012 e 15.529, no exercício seguinte.

No caso das exportações da madeira serrada, no mesmo período, os números são mais modestos. Em 2012, foram 7.898 metros cúbicos; 1.520, em 2013, e, em 2014, 1.217. Nos últimos dois anos, houve, entretanto, um aumento nas exportações, atingindo 6.426, em 2015, e 19.225 metros cúbicos, em 2016, com países como a China, Vietname, Portugal, Índia, Dubai, França e Itália a perfilarem-se como os principais destinos.

Na semana passada, o Ministério da Agricultura, através de um decreto, oficializou o início da campanha florestal de 2017, especificando o que é permitido explorar em cada província, medidas fixadas em função da Lei de Faunas e Florestas, aprovada em Dezembro do ano passado e que ainda não está regulamentada.

A campanha para este ano prevê a exploração e licenciamento de madeira em toro de, pelo menos, 228.864 metros cúbicos. A vigorar desde 12 de Junho, a campanha encerra a 31 de Outubro, com 15 províncias listadas com potencial para a exploração da madeira. Uíge lidera a lista, com uma quota máxima de 60.523 metros cúbicos, seguida de Cabinda com 51.822 e o Bengo com 14.083. Com quotas mais baixas aparecem o Zaire, com 3.992, e o Cunene, com 1.434.

Em relação à produção, nos últimos quatro anos, registou-se algum crescimento, destacando-se 2015, ano em que foram produzidos 163.371 metros cúbicos e, 2016, com 170.000.

Para a quantidade máxima de carvão vegetal a ser licenciada e explorada, nesta campanha, a quota é de 33.650 toneladas, em 16 províncias. Kwanza-Sul, Kwanza-Norte, Huambo e Bengo colocam-se no topo das quantidades admitidas para licenciar, com seis mil para a primeira, e cinco mil para cada uma das outras três.

Quanto ao volume máximo de lenha a ser licenciado na Campanha Florestal de 2017, a quota máxima é de 4.805 esteres. Uíge e Kwanza-Norte são as líderes, com 1.500 e 1.000 esteres.

O IDF está actualmente a fazer o licenciamento para as empresas que vão explorar, prevendo o arranque da campanha para breve.