Angola junta-se à Amchams
Angola tornou-se na passada sexta-feira (4) no décimo nono país da Amchams do Mundo (Câmara de Comércio dos Estados Unidos), com a tomada de posse dos órgãos sociais da organização em Luanda.
Com a entrada do país nessa plataforma mundial, constituída por mais de três milhões de empresas norte-americanas de todos os sectores e regiões, ficam facilitadas as parcerias comerciais entre os dois mercados.
A partir de agora, a instituição pode capacitar a comunidade de negócios, dando voz ao empresariado, incluindo interacção com o Estado angolano, para que as suas preocupações e desafios sejam ultrapassados em conjunto.
A embaixadora dos EUA, Helen La Line, disse que Angola junta-se à “grande família” de Amchams espalhadas pelo Mundo e reconhecidas por terem bases de comércio sólidas e um historial de sucesso.
A diplomata afirmou que a Amcham-Angola pode tirar vantagens das experiências de outras 18 filiais no continente africano, criando sinergias, partilhar soluções e boas normas e práticas de governação.
Representantes das Amchamas do Ghana e da África do Sul já visitaram o mercado angolano e demonstraram o entusiasmo de partilhar as suas experiências.
Aposta no mercado O vice-presidente sénior da Câmara do Comércio dos Estados Unidos vai visitar a organização em Angola ainda este ano. “Todos sabem desta Amcham, o que demonstra o apoio da instituição”, afirmou a embaixadora Helen La Line.
A diplomata qualifica ainda a organização como o porto de acolhimento para novos investidores em Angola, na medida em que permite orientar novas companhias a navegar no mercado com sucesso.
A representante da organização em África, Maria Luísa Abrantes, que procedeu à cerimónia de proclamação da Amcham-Angola, assegurou que a filial vai contribuir para uma melhor percepção do papel que o empresariado norte-americano pode desempenhar em Angola e dos produtos que os empresários angolanos podem exportar para os EUA, através do AGOA.
“Isto vai criar novos postos de trabalho, alicerçados em ambos os países, pela diversificação da economia angolana que em muito beneficiaria com a tecnologia moderna, com o conhecimento e com potencial financiamento americano”, referiu Maria Abrantes.
A partir da criação da Amcham-Angola, a organização está directamente ligada à Câmara de Comércio dos Estados Unidos e pode contar com a colaboração desta organização, a maior de negócios do Mundo.
O secretário de Estado da Indústria, Kiala Gabriel, disse que a adesão é uma boa iniciativa, porque facilita e reforça o desenvolvimento e a cooperação entre as empresas dos dois mercados.
A Gneral Electric construiu novas locomotivas cuja entrega ao Governo de Angola começou em Dezembro de 2016. São unidades que vão impulsionar o desenvolvimento, melhorar a circulação de mercadorias e pessoas em todo o país e para os mercados vizinhos, como a República Democrática do Congo e a Zâmbia.
O representante da GE, David Vilela, também membro fundador da Amcham em Angola, disse estar empenhado em apoiar o desenvolvimento sustentável do país com soluções avançadas de tecnologia, de infra-estrutura e de opções de financiamento de projectos.
A Amcham-Angola contou na génese com empresas como a BP, Exxon Mobil, Chevron, General Electric, Wood Group, Pipeline Induction Feat, John Deere, Test Angola, Prodiam Oil Services e Angola Counsel.
Pedro Godinho é o presidente da Amcham-Angola, David Vilela ocupa a vice-presidência, a BP ficou com a área da tesouraria e a Exxon Mobil ocupa o secretariado.
JLo do lado errado da história