EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA NA ZONA DE FRONTEIRA

Angola na liderança da produção de petróleo com congo

Angola assumiu, desde a passada quinta-feira, a presidência rotativa da Comissão de Unitização (exploração conjunta de um bloco petrolífero, com 50% para cada parte) de Lianzi ao Congo, tendo à cabeça o ministro de hidrocarbonetos do Congo Brazzaville, Jean Marc Tchicaia.

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A presidência de Angola terá a duração de um ano e comporta também a coordenação da estrutura técnica constituída por quadros dos dois países, segundo a Angop. A decisão foi tomada durante a 30ª reunião do comité que decorreu a semana passada, em Brazzaville, e que juntou o anfitrião e o ministro angolano dos Recursos Minerais e Petróleo, Diamantino Azevedo.

No encontro, os dois governantes aprovaram o orçamento de 2017 e do primeiro semestre de 2018.

Todos os anos, a equipa técnica que faz parte do órgão inter-estatal da Comissão de Unitização reúne-se, pelo menos, duas vezes de forma alternada em Angola e no Congo. De acordo com o programa já elaborado, a próxima reunião deverá ocorrer em Angola.

O início da produção no campo de Lianzi, na fronteira marítima dos dois países, resulta de um acordo assinado em 2002, com o objectivo de fazer a exploração conjunta de estruturas geológicas fronteiriças no bloco 14 (Angola) e no bloco Haute Mer (Congo).

Em termos de reservas, o Campo de Lianzia representa um potencial de 70 milhões de barris e iniciou a produção em 2015, segundo dados oficiais. O Projecto da Comissão de Unitização (Blocos1 4, em Angola e, Haute Mer, no Congo Brazzaville) tem uma produção estimada em 36 mil barris de petróleo/dia, repartida em 50% para cada país.