Angola pode ganhar centro agro-alimentar
A infra-estrutura, a ser instalada numa área de 192 mil metros quadrados, está orçado em cerca de 200 milhões de dólares e estará ao serviço dos produtores e consumidores angolanos.
O país vai ganhar, dentro de três anos, um Centro Nacional Agro-alimentar (CNA) para confecção, transformação, conservação e distribuição de bens alimentares produzidos localmente, tendo em conta as potencialidades agro-pecuárias de Angola.
Trata-se do maior centro agro-alimentar a nível do continente africano, que vai ser construído na zona urbana metropolitana de Luanda, nas proximidades da Centralidade do Kilamba, e criará mais de mil postos de trabalho, numa iniciativa do grupo empresarial italiano, Cremonini, representado pela Inalca, empresa que opera em Angola desde 1980 e líder no sector da carne bovina e na distribuição alimentar na Europa.
A infra-estrutura, a ser instalada numa área de 192 mil metros quadrados, está orçado em cerca de 200 milhões de dólares e estará ao serviço dos produtores e consumidores angolanos, que irão receber uma gama de produtos necessários para garantir a segurança alimentar da população.
Produtos como carne, peixe, cereais, farinha, óleo, frutas, legumes, entre outros fazem parte da lista de bens nacionais que serão transformados e processados neste centro, que prevê impulsionador a produção interna e reduzir as importações no país, segundo o presidente do grupo Inalca, Luigi Cremonini.
O gestor, que falava à imprensa, após o acto de apresentação do projecto de construção do CNA, afirmou que o sucesso deste desafio dependerá essencialmente do apoio institucional do Governo angolano, que deve criar incentivos dirigidos aos verdadeiros produtores e investidores, com vista a acelerar o processo da produção interna.
"Se o Governo angolano criar incentivos e apostar na inovação agro-pecuária e em outros sectores chaves da economia nacional, o projecto do CNA será um sucesso para ambas partes", afirmou Luigi Cremonini, tendo defendido a necessidade de cada agente económico exercer o seu papel, para que a produção em grande escala e a substituição das importações de bens alimentares sejam uma realidade em Angola.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...