Angola pode manter-se como maior produtor de petróleo até 2020
Angola foi em Junho, pelo quarto mês consecutivo, o maior produtor africano de petróleo, com 1,773 milhões de barris de crude por dia, acima dos 1,523 milhões de barris diários da Nigéria. Há previsões de se manter até 2020.
A informação, que resulta de fontes secundárias, consta do relatório de Junho da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), consultado esta quarta-feira pela Lusa, e reflecte um aumento na produção angolana de 4.000 barris diários face ao mês de Maio. Já a Nigéria, que enfrenta problemas com grupos armados que comprometem as operações petrolíferas, começou 2016 com 1,853 milhões de barris diários (contra os 1,742 milhões de Angola), tendo descido até aos 1,426 milhões em Maio, o valor mais baixo do ano, segundo aquela organização.
A produção nigeriana terá registado uma subida de 97.000 barris por dia, entre Maio e Junho, tendo em conta a compilação de dados feita pela OPEP.
Apesar de o país liderar a lista dos maiores produtores de petróleo em África, um recente relatório da Agência Internacional de Energia explica que o que impede a Nigéria de retomar o primeiro lugar é a desorganização, instabilidade política, roubos de petróleo, dificuldades no controlo de grupos armados e aos adiamentos sucessivos da nova lei do petróleo.
A agência prevê ainda que Angola continue na liderança da produção petrolífera em África, até 2020.
O Governo anunciou na segunda-feira uma revisão em baixa da estimativa do preço médio do barril de crude de 2016, dos 45 dólares que constam no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 41 dólares.
Em comunicado, o Ministério das Finanças informa que as vendas no primeiro semestre de 2016 cifraram-se, em média, nos 36 dólares por barril.
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