Angola pondera construir oleoduto até à Zâmbia
PETRÓLEO. Sonangol vai vender produtos da Agência Nacional de Petróleos. Governo tem intenção de construir oleodutos para fornecer derivados do ‘ouro negro’ à Zâmbia a partir do Lobito.
Angola está a equacionar a possibilidade de construir oleodutos para o transporte de derivados de combustível, como gasolina, gasóleo e gás para a Zâmbia a partir da futura refinaria do Lobito.
A intenção faz parte de um memorando que deve ser assinado entre os dois países, durante a visita do ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, a Lusaka.
Os dois países estão a analisar a possibilidade de a Zâmbia importar derivados de combustível, “ideia que passa também pela construção de um ‘pipeline’”, revelou o ministro, durante uma conversa com jornalistas. “A questão foi discutida entre os dois chefes de Estado, agora está a nível ministerial e depois vamos passar ao empresarial”, referiu o governante.
Diamantino de Azevedo garante estar a trabalhar numa estratégia conjunta de actuação na região. Além disso, tem recebido solicitações de licenças por parte de empresários nacionais para a produção de lubrificantes, daí que o ministro enfatize a importância da existência de uma indústria petroquímica. As refinarias de Cabinda, dimensionada para 60 mil barris por dia, e a do Lobito estão a ser concebidas para exportar combustível para países limítrofes.
No âmbito das reformas no sector petrolífero, algumas responsabilidades da concessionária vão continuar a cargo da Sonangol. “Não faz sentido agora a concessionaria voltar a criar escritório para a venda de petróleo, tendo em conta que já os tem em Houston, Singapura e Londres”, explica.
As novas licitações de blocos petrolíferos vão acontecer tanto para ‘offshore’ como ‘onshore’. A estratégia está a ser elaborada, mas aguarda a aprovação do Presidente da República. O ministro acredita que, neste mandato, possam ser feitas duas: a primeira em 2019 e outra em 2021.
O Plano Nacional Geologico (Planageo) foi actualizado, garante o governante, prevendo o seu término para 2020. A prioridade passa por terminar o levantamento aéreo geofísico, as infra-estruturas, como os laboratórios centrais em Luanda, o de apoio à prospecção e exploração de diamantes, em Saurimo, Lunda-Sul, e o de hidrogeologia no Lubango, além do instituto geológico.
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