Angola rejeita quota de produção da OPEP
Angola enviou uma nota de protesto à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) rejeitando uma deliberação do bloco de produtores para reduzir a produção em 2024.
A OPEP apresentou uma meta de 1.110 mil barris/dia, enquanto Angola quer produzir mais 70 mil barris.
De acordo com uma nota de imprensa do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a decisão de redução das quotas não foi tomada por “unanimidade” e é contra a “posição de Angola”.
O comunicado de imprensa da decisão de Angola foi veiculado no final da 36.ª reunião ministerial da OPEP, que se realizou ontem, e que congrega 23 países. A reunião serviu para estipular as quotas de produção para os seus membros a partir de 1 de janeiro de 2024.
No documento enviado à OPEP, Angola lembra que é membro da OPEP há mais de 16 anos e que, durante esse período, “tem cumprido cabalmente com todas as obrigações da organização, bem como tem partilhado os esforços que os países signatários da Declaração de Cooperação OPEP e Não OPEP (OPEP+) têm desenvolvido com vista a estabilizar o mercado petrolífero internacional”.
O governador de Angola na OPEP, Estêvão Pedro, declarou depois da reunião que Angola vai manter a meta de 1.180 mil barris por dia para 2024. "Não nos revemos no 1.110 mil de barris/dia que é reflectido no documento [comunicado da OPE] e continuamos com a nossa proposta que é de 1.180 mil barris/dia. Este montante é o que faremos o esforço de produzir durante o ano de 2024”, reforçou.
Os membros da OPEP, que representam a maioria da produção de petróleo mundial, não estavam de acordo já na semana passada sobre as metas de produção para os países africanos, entre os quais se incluem Angola e Nigéria.
Arábia Saudita e os seus aliados queriam impôr quotas mais baixas para a produção petrolífera dos países africanos.
JLo do lado errado da história