Antigas fábricas em Estado de abandono transformadas em parques de estacionamento, armazéns de ferro e oficinas automóveis
IMÓVEIS. Analistas defendem construção de centros comerciais nas antigas unidades fabris do Cazenga, incluindo grandes superfícies, para criação de mais postos de trabalho, produção de bens e serviços e aumentos de receitas fiscais.
Antes produtivas, as antigas fábricas no município do Cazenga, em Luanda, encontram-se em estado de abandono. São apenas aproveitadas para outros fins, como parques de estacionamento, oficinas de automóveis e armazéns de materiais ferrosos para peso, havendo também casos de espaços que são arrendados para serem estabelecimentos comerciais. Actualmente em dissolução, através do decreto presidencial n.º 56/23, de 31 de Março, a Mabor (Manufactura Angolana de Borracha), uma das mais importantes empresas angolanas na era colonial, que se dedicava no fabrico de pneus, mantém as paredes intactas. E, apesar de impossibilidade de testemunharmos o estado das máquinas, pois as portas encontram-se fechadas, os seguranças garantem que se encontram lá, mas “mortas”. A Mabor é um empreendimento que começou a ser erguido em 1942, mas que já leva 30 anos de abandono, sem qualquer plano de reestruturação, servindo como oficina de mecânica, bate-chapa e pintura de automóveis, além de ser usada para actividades comerciais, parque de estacionamento e para armazenar grandes quantidades de ferro-velho.
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, conhece o actual quadro da Mabor e diz que a instituição que dirige empreende, “com toda a vontade”, um grande esforço para ajudar o IGAP (Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado) a encontrar investidores que possam interessar-se pela antiga fábrica, apontando que AIA chegou a fazer estudos na África do Sul, para encontrar parceiros. “Esta fábrica depois tinha sido entregue, estupidamente, a um grupo angolano, deixando de fazer pneus, depois de reconstruída uma empresa angolana de uma senhora OTD (Organização de Transações e Distribuição), mas depois apareceu o ministro que entendeu que tinha de entregar aquilo a uma empresa portuguesa para fazer botas de borracha para indústria de pescas”, conta.
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