Apoio do FMI permite retomar o crescimento
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, reconheceu, em entrevista na rádio LAC, que o pedido do Governo angolano ao Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma medida que “vai permitir Angola retomar crescimento económico e melhorar a distribuição da riqueza nacional”.
O especialista entende que o país “tem um aparelho de Estado demasiado opulento para uma gestão eficiente, e quanto mais opulento for o aparelho do Estado haverá mais burocracia”.
Por outro lado, sublinhou que o FMI quer a regulamentação da lei da contratação pública, para aumentar o índice a competitividade do país. Já para o economista Carlos Rosado de Carvalho o pedido de ajuda ao FMI era inevitável por causa da “tendência de queda persistente do preço do petróleo no mercado internacional”.
O especialista apoia o pedido de Angola e considera que vem dar credibilidade às políticas económicas angolanas. “No fundo, o FMI vai obrigar Angola a fazer um conjunto de coisas que devia fazer. Por exemplo a criação de um melhor ambiente de negócios e a selecção de melhores investimentos nas infra-estruturas”.
O FMI anunciou, em comunicado, que vai apoiar o Governo angolano, por via de um programa complementar à estratégia de saída da crise, voltado para a diversificação da economia nacional, tendo em conta o declínio dos preços do petróleo no mercado internacional.
O apoio do FMI vem responder a uma solicitação do Governo angolano, que vai trabalhar com a organização internacional para conceber e implementar políticas e reformas destinadas a melhorar a estabilidade macroeconómica e financeira, nomeadamente, através da disciplina fiscal.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...