GRUPO TÉCNICO ALARGA PRAZOS DE CONCLUSÃO DOS TRABALHOS

Apresentação de estudo sobre reserva alimentar adiada para Julho

CONSUMO INTERNO. Grupo responsável pela elaboração de estudo sobre concepção da Reserva Alimentar já não vai apresentar resultados a 30 de Junho, como prevê despacho conjunto ministerial.

 

A conclusão do estudo de viabilidade económica e técnico-jurídica de concepção da Reserva Estratégica Alimentar do Estado já não deverá ser apresentada a 30 de Junho, como inicialmente estipulado em despacho conjunto dos Ministérios da Economia, Finanças, Agricultura e Comércio.

Segundo fontes próximas ao processo, o Grupo Técnico Intersectorial, responsável pelo estudo de viabilidade, solicitou o alargamento do prazo para mais um mês, esticando, deste modo, para final de Julho.

As fontes não avançaram o número de reuniões até ao momento realizadas nem o ponto de situação dos trabalhos. No entanto, o despacho ministerial que cria o grupo é datado de 25 de Abril, sendo que a primeira reunião dos técnicos aconteceu em meados de Maio.

O secretário de Estado para o Comércio e coordenador do Grupo Técnico Intersectorial, Jaime Fortunato, recusou-se a prestar qualquer declaração, quando indagado pelo VALOR sobre o assunto.

Além de elaborar um estudo sobre a definição da Reserva Estratégica Alimentar do Estado, aos técnicos compete ainda a elaboração de um estudo sobre a possibilidade de inclusão de produtos nacionais, que representam apenas 2% do consumo interno, na Reserva.

Estabelecer critérios e definir produtos da cesta básica, incluindo as condições de aquisição, distribuição e preços dos produtos também fazem parte da missão do grupo coordenado por Jaime Fortunato. Segundo o documento, assinado pelos quatro titulares dos ministérios envolvidos, o Grupo Técnico está autorizado a solicitar subsídios ou a participação de terceiros e contratar especialistas sempre que for necessário.

De acordo com fontes ligadas ao processo, a Reserva Estratégica Alimentar deverá custar ao Estado cerca de 50 milhões de dólares de importação por trimestre, o que perfaz 200 milhões de dólares de importação de produtos da cesta básica.

O objectivo do Governo é controlar, pelo menos, 10% da necessidade alimentar geral do país, que anda à volta dos dois mil milhões de dólares de importação/ano. De acordo com o despacho, além de Jaime Fortunato, o grupo é composto ainda por dois representantes do Entreposto Aduaneiro de Angola, directores dos gabinetes jurídico e dos Estudo, Planeamento e Estatística dos Ministérios da Economia, Finanças, Agricultura e do Comércio. Um administrador da Administração Geral Tributária e um director do Instituto de Desenvolvimento Agrário também fazem parte do Grupo Técnico.