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SEGUNDO PROJECTO DE PISCULTURA NASCE NO KUANDO-KUBANGO

Aquafish investe 15 milhões de dólares

PESCAS. Novo centro de piscicultura vai ser edificado na localidade de Missombo, Kuando-Kubango pela empresa Aquafish, subsidiária do grupo Mitrelli, um investimento orçado em perto de 15 milhões de dólares. As obras começam no próximo mês.

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O novo projecto de pesca aquícola começa a ser erguido, em Missombo, Kuando-Kubango, em Fevereiro, e está orçado em mais de 14 milhões de dólares, um investimento da Aquafish financiado por um banco israelita.

A construção, com o acordo firmado com o Ministério das Pescas e do Mar, deve estar concluída no prazo de 18 meses, mas a produção de peixe, de 500 toneladas por ano, inicia-se apenas seis meses após a conclusão da construção. O peixe poderá ser comercializado inteiro ou em filetes.

O projecto prevê a construção de 16 tanques para a criação e engorda do cacusso, de um centro logístico, de uma fábrica de ração para a alimentação do cacusso e 30 residências para alojar 65 trabalhadores, numa primeira fase.

A ministra das Pescas e do Mar, Vitória de Barros Neto, e o governador do Kuando-Kubango, Pedro Mutindi, lançaram a primeira pedra da futura infra-estrutura. Vitória de Barros Neto enfatizou a possibilidade de o projecto contemplar a “criação de emprego, contribuir para a melhoria da dieta alimentar e para a diversificação da economia, reduzindo assim as exportações”. A ministra reconhece que a produção aquícola “ainda não é a desejável”, por isso, “deve ser incentivada”.

Segundo em Angola

O Centro de Piscicultura do Kuando-Kubango, depois de concluído, será o segundo maior projecto do género em Angola, depois do Centro de Larvicultura do Dondo, no Kwanza-Norte, igualmente montado pela Aquafish, em 2015, onde actualmente são produzidas 340 toneladas de cacusso por ano.

O do Kuando-Kubango chegou a estar previsto no programa de investimento público de 2014, mas, de acordo com o director Nacional da Aquicultura, António da Silva, devido às dificuldades financeiras, “não foi implementado”. Vai acontecer agora através de uma entidade privada.

Face ainda às dificuldades que os investidores na aquicultura enfrentam, sobretudo na aquisição de ração, a produção tem baixado, com excepção em 2017, que registou um crescimento.