REMUNERAÇÕES. Passado quase um ano desde a orientação da IGAE para a remuneração dos docentes, unidades orgânicas continuam a desobedecer à decisão. Reitor afirma que os gestores das faculdades lhe deram garantias de que a situação estava resolvida e promete ouvir os professores.

Professores afectos à Faculdade de Direito e à Escola Pedagógica, da Universidade Lueji A´Nkonde, na Lunda-Norte, acusam os decanos das duas faculdades de desobedecerem uma decisão da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) que orientou o pagamento dos salários dos mais de 30 docentes que ministram nas duas unidades no período pós-laboral e que não têm recebido os subsídios desde 2022.

As unidades orgânicas justificam a falta de pagamentos dos salários correspondentes às aulas ministradas no período pós-laboral com o facto de os docentes em causa não completarem 15 horas de aulas durante uma semana, argumento refutado pelos docentes que explicam a situação com a falta de condições na universidade. “A nossa faculdade está em salas anexas, eu não consigo cumprir as 15 horas semanais por exiguidade de salas, este não é problema meu é da universidade e direcção acha que, para cumprirmos as 15 horas, devemos lecionar à noite sem remuneração, isso não colhe”, denunciam professores ligados às faculdades ao Valor Económico. 

Acrescentando que a medida não é transversal a toda universidade, as fontes sublinham que a penalização afecta apenas os professores das faculdades de Direito e da Escola Pedagógica, ao passo que os professores das demais faculdades são pagos.

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