Contas aprovadas em Assembleia Geral

Banco Económico teve perdas em 2019 e 2020, mas situação melhorou em 2021

O Banco Económico registou perdas acumuladas em 2019 e 2020, antes de ver as contas no 'verde' em 2021.

Banco Económico teve perdas em 2019 e 2020, mas situação melhorou em 2021

As perdas, segundo um comunicado da instituição que anuncia a aprovação das contas desses três anos, derivam da aplicação do programa de Avaliação da Qualidade de Activos do Banco Nacional de Angola (BNA) à carteira de créditos e aos activos imobiliários do Banco Económico.

Em 2021, foi alcançado um resultado positivo de 173,3 mil milhões de kwanzas considerados pelo banco como “não recorrente”.

“O resultado positivo não recorrente de 2021 permite reverter parcialmente o impacto significativo das perdas acumuladas de 2019 e 2020 nos fundos próprios e no rácio de solvabilidade, os quais ficaram negativos a partir de 2019”, lê-se na nota.

De acordo com o banco, apesar das perdas, houve um aumento contínuo de clientes em mais de 23% em média anual, bem como a estabilidade dos recursos captados.

 

O banco registou também um esforço de contenção de custos com pessoal na ordem dos 9% e de estrutura nos 5%. Houve também o encerramento de três agências.

A assembleia-geral do banco deliberou a redução total do capital social para a cobertura de prejuízos acumulados em 2019 e 2020, o que permitiu uma reestruturação da base accionista.

O banco confirmou também notícias que davam conta de que o capital social passou a ser exclusivamente detido pelo organismo de investimento colectivo “Económico - Fundo de Capital de Risco de Subscrição Particular”, supervisionado pela Comissão do Mercado de Capitais (“CMC”). Esse fundo integra em exclusivo os depositantes que “voluntariamente aderiram à iniciativa de recapitalização”. Com isso, o banco tornou-se integralmente privado.