Bancos deixam de negociar valores mobiliários
Banco Nacional de Angola e a Comissão de Mercado de Capitais têm estado a trabalhar no sentido de estabelecerem “um prazo limite para os bancos transferirem a prestação de serviços e actividades de investimento em valores mobiliários e instrumentos derivados para as instituições financeiras não bancárias ligadas ao mercado de capitais e ao investimento”.
A informação foi avançada, esta terça-feira, pelo governador do BN Angola, José de Lima Massano, quando discursava no Workshop sobre as empresas no mercado de valores mobiliários. “É nossa expectativa que o processo de transferência esteja concluído ainda no primeiro semestre de 2022, sendo mais um passo para a dinamização de tão importante mercado”, garantiu.
Na ocasião, José Massano defende que “a existência de um mercado primário de valores mobiliários activo, que possa servir de fonte de financiamento das empresas” facilita o desenvolvimento e crescimentos destas. “Todavia, o mercado de valores mobiliários só será eficiente e capaz de responder às necessidades de financiamento das empresas se os investidores puderem dispor de um mercado secundário líquido, transparente e eficiente”, observa.
O governador do BNA estima que, nos últimos 12 meses, os títulos e valores mobiliários representaram cerca de 33,63% do crédito cedido pela banca, “sendo a rubrica de maior expressão no activo da banca, mas representada exclusivamente por emissões do Tesouro Nacional”. No mesmo período, segundo ainda José Massano, a concessão de crédito pela banca comercial registou um crescimento de 8,4%, passando a representar um peso de 17% do activo da banca comercial.
JLo do lado errado da história