BCI faz abate contabilístico de 18,3 mil milhões, mas não evita diferença de 213,667 mil milhões kz nas contas auditadas
BANCA. Valores declarados pela administração do banco não batem certo com a análise feita às contas, sejam os referentes ao primeiro semestre e ao exercício de 2023. Auditor continua às escuras quanto a documentos que comprovam créditos concedidos.
As contas do Banco de Comércio e Indústria (BCI) continuam com reservas em relação ao crédito bruto concedido e às imparidades, apesar dos alertas recorrentes dos auditores externos.
Nos primeiros seis meses de 2024, o banco procedeu ao abate contabilístico de 18,3 mil milhões de kwanzas de um conjunto de operações de crédito com o argumento de que não tinha documentação de suporte. No total, foram 10,599 mil milhões em créditos bruto e 7,747 mil milhões em imparidades abatidos. A operação, segundo a consultora Deloitte, na qualidade de auditor, levou a “reexpressão retrospectiva das demonstrações financeiras individuais do exercício anterior” do banco.
Além do abate verificado nas demonstrações do BCI, existem divergências nos valores declarados pela administração e pelo auditor externo. O banco declara, no relatório semestral, que o valor bruto de crédito a clientes ascende os 176,313 mil milhões, dos extrapatriomoniais 21,291mil milhões, ao passo que o das imparidades acumuladas se fixou nos 17,767 mil milhões.
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