ORDEM DE PENHORA FOI DECRETADA TERÇA-feira

BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de Comarca de Luanda

Penhora. Edificio foi penhorado no processo que se arrasta desde 2022, o juiz mandante do Tribunal de Comarca de Luanda pediu ao proprietário a não resistir e orientou a presença da policia nacional no local.

BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de Comarca de Luanda

O Tribunal de Comarca de Luanda penhorou o edifício do supermercado Big One a favor do Banco de Indústria e Comércio (BCI), em cumprimento do despacho de Acção Executiva para pagamento de quantia certa, sem, no entanto, descrever as razões para o mandato, cujo resultado diz respeito a um processo de 2022.  
No mandato enviado a Rui Conceição, proprietário do imóvel, o Juiz orienta a que se abstenham de impedir a realização de respectiva diligência. “O requerente deve tomar posse do imóvel, pelo que o mesmo facultará aos oficiais, encarregados da diligência, todos os meios necessários para a sua realização exitosa”, lê-se no documento que orienta igualmente a presença de “agentes da Polícia Nacional devidamente requisitados”.  
O Big One é um supermercado fundado em Abril de 1990 que começou como um videoclube, fundado por Rui Conceição. Inicialmente os produtos eram comercializados num contentor, depois passou para uma pequena loja com aproximadamente 40 metros quadrados, entretanto, o espaço foi crescendo, até que em 2014 o edifício foi reformado para se tornar um centro comercial. 

Funcionários do BCI condenados a 11 anos de prisão  
Três funcionários do Banco de Comércio e Indústria (BCI) foram condenados, esta segunda-feira, 16, a 11 anos e seis meses de prisão efectiva, pelo Tribunal da Comarca de Luanda (TCL) pelo roubo de mais de 100 milhões de kwanzas da caixa forte de uma agência do banco em Viana, depois de simularem um incêndio na agência.  
Os três, nomeadamente Darcia Margareth de Sousa Goto Pinto, Joaquina Luísa Sebastião e Edmar Bernardo Miguel foram condenados pelos crimes de danos, sabotagem informática e associação criminosa. Estão obrigados a restituir os milhões roubados ao banco e terão ainda de pagar uma taxa de justiça no valor de 200 mil kwanzas cada.  
Durante o processo estavam arrolados quatro funcionários e apenas um foi absolvido por falta de provas. Trata-se de Gomes Simão, que foi, portanto, mandado para casa e recebeu de volta o seu telemóvel e viatura, bens que tinham sido apreendidos pela PGR. A principal suspeita do roubo, a tesoureira da agência, é Darcia Margareth de Sousa Goto Pinto, e foi condenada à revelia, por fugir da justiça na fase de julgamento. No entanto, os milhões roubados, não foram recuperados, até ao momento, pelas autoridades. Ficou provado em tribunal que os arguidos combinaram o assalto ao banco, na qualidade de funcionários, e simularam o incêndio para tentar desviar as atenções das investigações. Também ficou provado que os mais de 100 milhões roubados do banco não foram retirados no dia do incêndio simulado, mas, paulatinamente, dias antes.